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Multas por mexer no celular ao dirigir crescem 19% em São Paulo

Campanhas são feitas, alertas são dados, mas a infração continua: os motoristas da capital não conseguem largar do celular enquanto dirigem. As multas por manusear o aparelho cresceram 18,9% de janeiro a outubro do ano passado sobre igual período de 2018.

A alta vai na contramão das autuações em geral, que caíram 4,25% nos dez primeiros meses de 2019, segundo dados do Painel da Mobilidade Segura, da Prefeitura de São Paulo.

Foram 127.928 multas, aplicadas somente por fiscais –agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), policiais militares ou guardas-civis metropolitanos.

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O aumento preocupa, segundo especialistas. “Dirigir usando o celular aumenta 400% o risco de se envolver em um acidente”, afirma Renato Campestrini, 44 anos, especialista de trânsito. Ele diz que essa ação é semelhante ou até pior do que dirigir alcoolizado.

Alexandra Morgilli, supervisora do Departamento de Estudos de Segurança Veicular da CET, cita estudo americano que compara  dirigir usando celular a uma pessoa que conduz com 0,08 mg/decilitro de álcool no sangue.

De acordo com ela, a cada segundo, um carro a 50 km/h percorre 13,8 metros. A velocidade de reação a um imprevisto é de um segundo – e ela dobra quando a pessoa está distraída ao celular. “Se acontece algo no trânsito e a pessoa está ao telefone, lá se vão 28 metros sem que o motorista consiga tomar nenhuma atitude.”

Campestrini alerta que o conceito de trânsito compreende tanto quando o veículo está em movimento como quando está parado. “Parar no semáforo não dá salvo-conduto para manusear o celular”, disse.

E Alexandra alerta que todos têm de deixar o aparelho de lado no trânsito, incluindo pedestres: “É importante ter cuidado conosco e com nossos familiares”.

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