Quadrilha que age nos pátios onde são recolhidos veículos apreendidos na Grande São Paulo está depenando carros levados para os locais e provavelmente vendendo as peças no mercado clandestino.
ANÚNCIO
Uma ouvinte da Rádio Bandeirantes que gravou entrevista, mas não quis se identificar, conta que teve o carro apreendido porque a tarjeta da placa que identificava a cidade estaria ilegível. “Fui ao Detran e falaram que eles podiam só ter aplicado uma multa”, contou ela. Quando retirou o carro, precisou chamar o guincho para levá-lo ao mecânico. “Ele precisou trocar cano e vela, falou que a bateria do meu carro não está boa… Só que a bateria era nova.”
Um policial que falou com a reportagem sem se identificar disse que há furtos de peças sendo feitos dentro do pátio e que há carros “encomendados” para serem depenados.
Recomendados
Caso Nayara Vit: Ministério Público pede 20 anos de prisão para o namorado por feminicídio
Homem matou psicóloga para pegar celular e obter informações sobre ex-namorada dele, diz polícia
Vídeo mostra motorista de Porsche momentos antes de ser liberado por policiais sem teste do bafômetro
Pagamento
Uma lei municipal de Diadema prevê o parcelamento das taxas para liberar os veículos.
“Aqui para nós, em Diadema, temos parcelamento em cartão em até seis vezes. Os carros de São Paulo têm esse mesmo tratamento”, disse o secretário municipal de Transportes de Diadema, José Carlos Gonçalves.
Mas o funcionário da empresa que administra o pátio afirma: “[Pagamento] Apenas em dinheiro. O parcelamento só é feito para os apreendidos no município”.
A empresa que administra os pátios, a Octágono, tem sede no Panamá, o que impede que se saiba quem são os donos e quanto ela fatura.