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São Paulo bonita da cabeça aos pés: Aproveite o aniversário para mudar seu ponto de vista sobre a cidade

À esq. a vista do Sesc Avenida Paulista; à dir., a cripta da Sé Divulgação

São Paulo, 466 anos. Aproveite o aniversário da cidade neste sábado para mudar seu ponto de vista sobre a metrópole. Bares, restaurantes, parques, cripta e mausoléu mostram desde o subterrâneo a visões privilegiadas do topo de prédios para se admirar a correria da capital

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PARA VER DE CIMA:

1Terraço Itália – O restaurante é um clássico na cidade quando o assunto são espaços com vistas panorâmicas. Está localizado na região central, a 165 metros de altura, no topo do edifício Itália. O prédio construído na década de 1960 é considerado até hoje um dos mais altos de São Paulo. O restaurante tem 52 anos de história, focado em culinária italiana e queridinho dos casais apaixonados por conta de seu clima romântico. O local conta ainda com um piano bar, onde é possível desfrutar de drinks. Entre as visitas mais famosas ao Terraço Itália, está a da rainha da Inglaterra, Elizabeth 2a, em 1968. Avenida Ipiranga, 344, 41° e 42º, Centro. Telefone: 2189-2929.

Terraço Itália

2. Sesc Avenida Paulista e Sesc 24 de Maio – As duas unidades foram inauguradas recentemente e já estão entre os endereços mais procurados por quem quer ver a cidade de cima. A unidade da avenida Paulista abriu ao público em abril de 2018 em prédio de 17 andares que conta com mirante a 62 metros de altura. Um aplicativo gratuito criado pelo Sesc recria a vista e permite aos visitantes explorar a região, com indicações de distâncias e locais famosos. A unidade 24 de Maio traz, além da possibilidade da vista, uma piscina no topo do edifício de 13 andares. É possível fazer visitas guiadas ao prédio, que começam pelo mirante. A entrada nas duas unidades é gratuita. Sesc Avenida Paulista – avenida Paulista, 119, Bela Vista/ Sesc 24 de Maio – rua 24 de Maio, 109, Centro

Recomendados

Sesc Avenida Paulista

3Pico do Jaraguá e Parque da Cantareira – Se a ideia é admirar a selva de pedras paulista, mas respirando ar puro, dois parques levam os aventureiros ao topo. O Jaraguá abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana, tombado como patrimônio da humanidade pela Unesco. O icônico morro é o ponto mais alto da cidade de São Paulo, com 1.135 metros de altitude. É possível chegar ao mirante de carro ou se aventurar por trilhas. Já no parque Cantareira, a única forma de se chegar à vista privilegiada da cidade é pela trilha Pedra Grande, com seis quilômetros total entre ida e volta em percurso asfaltado e considerado fácil. Pico do Jaraguá – rua Antônio Cardoso Nogueira, 539, Vila Chica Luiza. Telefone: 3943-5222/ Parque da Cantareira – rua do Horto, 1.799, Horto Florestal. Telefone: 2203-0115

Pico do Jaraguá

4. Bar & Ristorante Lassú

É verdade que do alto do 28º andar, do edifício K1, onde fica o bar e restaurante, em Santana, a vista é muito interessante. De lá, dá para ver muito da cidade de São Paulo, como o Pico do Jaraguá, Campo de Marte, os espigões da avenida Paulista e até a Serra do Mar. E não precisa se esforçar para isso, o Lassú é como  uma grande janela, todo em vidro, e boa parte do salão fica sobre uma plataforma giratória, que em uma hora e meia faz uma volta muito lentamente, sem incomodar os comensais. Mas também há lugares na parte fixa, para aqueles que preferem manter os “pés no chão” e admirar igualmente a vista. Realmente é lindo!

Além de toda essa beleza, chama muito a atenção no novo projeto de Ricardo Trevisani, à frente também do Ristorantino, a excelente cozinha. A proposta é aliar receitas clássicas italianas a ingredientes brasileiros. Sim, sim, está na moda e é até meio clichê, mas está funcionando bem no Lassú, porque os pratos são bastante cuidadosos. Destaque para o polvo grelhado com feijão manteiguinha e vinagrete de palmito pupunha para a entrada, por R$ 57 e o  risolio de aratú, que leva arroz carnaroli, carangueijo aratu vermelho e limão siciliano, por R$ 66, que saem muito bem executados da cozinha do chef Lucas Figueiredo Campos. Edifício K1, rua Conselheiro Saraiva, 207, Santana, 28º andar. Telefone: 2373-7717

Lassu Restaurante

5. Skye Bar

A experiência começa ao entrar no elevador. O panorâmico, que leva os clientes ao oitavo andar do prédio – muitos dizem ter a forma de navio ou melancia – é uma prévia do que está por vir. Ou os segundos na escuridão do elevador dos hóspedes – sim, ele é totalmente escuro – que, ao abrir as portas, revela um ambiente contemporâneo e inusitado. O Skye, localizado no topo do Hotel Unique, no Jardim Paulista, já teve a vista eleita como uma das melhores de São Paulo pelo site europeu The Most Perfect View. A piscina, que fica na parte externa do restaurante, ajuda a compor o visual. Ela também é premiada: entrou na lista das 15 mais bonitas do mundo pela rede americana CNN. É possível visitar o bar mesmo não sendo hóspede do hotel. Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 4700, Jardim Paulista. Telefone: 3055-4702

Hotel Unique

PARA VER DE BAIXO

1. Metrô – A maior rede metroviária do país pode ser explorada pelos usuários. O Metrô de São Paulo tem programas específicos para estudantes e para passageiros comuns que tenham curiosidade em conhecer melhor como funciona o transporte no subsolo. São seis linhas, totalizando 101,1 quilômetros de extensão e 89 estações, por onde passam cerca de 5 milhões de pessoas diariamente. Por questões de segurança, não é possível percorrer os túneis por onde passam os trens, mas o visitante pode ver a máquina de lavar os veículos, as estações por dentro e salas técnicas. “A cereja do bolo é o centro de controle. Modéstia a parte, é o mais próximo da Nasa [agência espacial dos EUA] aqui no Brasil”, diz o coordenador de Cuidados com o Passageiro do Metrô, Marcos Borges. O agendamento para os passeios gratuitos terão início em fevereiro. Mais informações pelo 3179-2204 ou no site www.metro.sp.gov.br.

visita metrô

2. Cripta da Sé – A sala foi a primeira parte da Catedral a ser inaugurada, ainda em 1919. A sete metros de profundidade, ela reserva aos visitantes surpresas como sarcófagos e um bonito salão em forma de cruz com arcos góticos. São 32 câmaras mortuárias destinadas a guardar os sarcófagos dos bispos e arcebispos, além dos restos mortais do cacique Tibiriçá, o primeiro cidadão de Piratininga, e do padre Feijó, regente do império. Os rostos das pessoas ali enterradas estão representados por placas de bronze. O chão xadrez é de mármore vindo da Itália. É possível conferir também um conjunto de quatro vitrais com elementos da flora e agricultura do Brasil. A cripta fica no subsolo da Cátedra, na Praça da Sé, sem número, Centro. As visitas custam R$ 8,50 por pessoa. Não é preciso agendamento. Até março, o espaço recebe concertos gratuitos. O próximo será amanhã, às 15h.

cripta da Sé

3. Bar dos Arcos – Aos pés das pilastras de sustentação do centenário Theatro Municipal, no Centro, o bar traz uma refinada carta de drinks bastante disputada em filas de espera. O espaço parece mais um labirinto, adornado por arcos de pedras e tijolos. “Faz 115 anos que estas pedras foram colocadas nos pilares que sustentam o Theatro Municipal. Na época, sequer existia cimento: grudaram as pedras umas às outras usando conchas esmigalhadas, areia e gordura de baleia”, conta o empresário Facundo Guerra. Antes de abrigar o bar, o subsolo do teatro servia apenas para passagem de dutos de ventilação natural e lendas de fantasmas que circulavam por ali. Theatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, sem número, República. Telefone: 2039-1250.

Bar dos Arcos

4.

Cofre Bar – Enterrado no piso inferior do Edifício Altino Arantes, o bar vem com a chancela do SubAstor e mantém as características originais do cofrão, como as portas circulares feitas de concreto e aço reforçado, o mármore das paredes e piso, e as 2.000 caixas de depósito individuais. Reluzente, o bar fica ao centro do salão, com drinques assinados pelo mestre da mixologia, o italiano Fabio la Pietra, onde o whisky é protagonista. No cardápio dos chefs Marcelo Tanus e Laila Radice, há opções como a croqueta de pupunha e a tostada de burrata no pão de fermentação natural. Está localizado no Farol Santander (onde há também ótima vista do topo do prédio), na rua João Brícola, 24. Telefone: 3553-5627

Bar do Cofre

5. Mausoléu do obelisco – Logo abaixo do Obelisco do Ibirapuera, o majestoso monumento de 72 metros de altura revestido em mármore, um mausoléu dedicado aos heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 esconde enigmas matemáticos e muita história. A homenagem ficou pronta um ano após a inauguração do parque, em 9 de julho de 1955. Lá estão as cinzas dos quatro estudantes mortos durante protesto contra o governo de Getúlio Vargas – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo -, cujas iniciais formam a sigla MMDC. Toda simbologia numérica do mausoléu é pensada com base na data da batalha de 9 de julho de 1932. Das sepulturas no subsolo até o topo do obelisco, são 81 metros, número cuja soma dos algarismos resulta em nove. A altura do Obelisco é de 72 metros: novamente a soma é igual a nove. São nove os degraus na entrada e, internamente, existem três grupos de três arcos, formando nove arcos, unidos “na tríplice perfeição”. O comprimento da base do Obelisco tem nove metros, o do topo possui 7 metros. No frontão maior da praça, estão 32 “projéteis” em mármore. O conjunto representa a data da revolução: 09/07/1932. A simbologia também está no gramado ao redor do monumento, que possui área de 1.932 metros quadrados. A visitação é gratuita e está aberta todos os dias das 9h às 17h. O obelisco e o mausoléu estão na praça Ibrahim Nobre, sem número

cripta do obelisco

 

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