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Morte por febre hemorrágica coloca cinco cidades de SP em alerta

O diretor do departamento de vigilância das doenças transmissíveis do ministério da saúde, Júlio Croda, esclarece dúvidas sobre a febre hemorrágica Wilson Dias/Agência Brasil

O Ministério da Saúde confirmou, na noite de segunda-feira (20),  que foi febre hemorrágica o que matou um homem de 52 anos morador de Sorocaba (99 km de SP), no primeiro caso da doença desde 1999 no país.

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Com isso, ficaram em alerta e com medidas de bloqueio as autoridades de saúde daquela cidade e de outros quatro municípios por onde ele passou, no período em que provavelmente foi infectado: Itapeva e Itaporanga, no sudoeste paulista, e Eldorado e Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira.

A mulher e a irmã do paciente e equipes de saúde  –de 100 a 150 pessoas–  que o atenderam estão sob monitoramento.

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febre hemorrágica

Segundo o Ministério da Saúde, ele apresentou os primeiros sintomas em 30 de dezembro, foi à unidade de saúde em Eldorado, transferido ao Hospital Regional de Pariquera-Açu e, em seguida, ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde morreu no último dia 11.

Em boletim, a pasta qualifica essa confirmação como “um evento de saúde pública grave”, por ter sido o primeiro caso desde o fim da década de 1990.

A pasta ainda esclarece que foi identificado um novo vírus da família Arenavirus, do gênero Mammarenavirus, chamado Sabiá, que pode “apresentar alta patogenicidade e letalidade”.

Sem pânico

O infectologista David Uip disse na terça-feira (21) em entrevista à rádio BandNews FM que, mesmo com essa confirmação, não há motivo para a população entrar em pânico. O médico diz que a doença pode ser transmitida entre  humanos, mas de forma “acidental”.

O secretário substituto da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Júlio Croda, disse ontem: “Neste momento, não existe preocupação de transmissão à população geral. A gente sabe que isso é uma transmissão eventual.”

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