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Terceira morte por possível intoxicação por cerveja é confirmada em MG

A Polícia Civil confirmou nesta quinta-feira (16) a terceira morte de um paciente que apresentava sintomas da chamada síndrome nefroneural. A vítima, um homem de 89 anos, estava em um hospital particular de Belo Horizonte (MG). O corpo dele foi enviado para o IML (Instituto Médico Legal) para necropsia e o laudo com as causas da morte deve ser divulgado em até 30 dias.

Até o momento, 18 casos suspeitos de intoxicação por dietileno glicol são investigados no estado – em quatro deles, os exames confirmaram a presença da substância.

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Na quarta-feira (15), o Ministério da Agricultura disse que sete lotes de cervejas da Backer foram contaminados com dietileno glicol seis são da Belorizontina e um da Capixaba. As substâncias são utilizadas nos sistemas de refrigeração, mas são tóxicas e não devem entrar em contato com alimentos.

Segundo a pasta, a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, afetou diversos tanques, mas ainda não é possível saber de que forma: se por erro, vazamento ou mesmo sabotagem.

A polícia mineira já confirmou que as mortes de dois homens por síndrome nefroneural podem estar relacionadas com o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer. O segundo caso foi comunicado na quarta.

O quarto óbito, desta vez de uma mulher, também é apurado. Outros 17 pacientes estão internados com sintomas como insuficiência renal e alterações neurológicas.

As autoridades já identificaram seis lotes contaminados da Belorizontina e outro da Capixaba (que é o mesmo produto, mas distribuído no Espírito Santo).

O ministério, no entanto, afirmou que a contaminação é “sistêmica”. “Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico.”

A pasta apontou, ainda, que a Backer comprou 15 toneladas de monoetilenoglicol, quantidade considerada acima do normal. A cervejaria confirmou o uso da substância, mas negou que utilize o dietilenoglicol – que, segundo o ministério, pode ter se formado por um processo químico. A fábrica foi interditada no último dia 10 e está recolhendo todas as suas cervejas e chopes do mercado.

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