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Vídeo de ataque a Porta dos Fundos é verídico, diz polícia

Em vídeo, grupo integralista assume autoria do ataque Reprodução

Responsável pelas investigações sobre o ataque ao grupo de humor Porta dos Fundos, o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro afirmou na quinta-feira (26) que é verídico o vídeo que circula nas redes sociais em que integrantes do grupo autodenominado «Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira» reivindica o atentado.

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A investigação do caso está a cargo de força-tarefa integrada por vários setores da Polícia Civil do Rio. O governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), repudiou o ataque e «toda forma de violência ou intolerância».

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No vídeo publicado nas redes sociais, pessoas mascaradas leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis Molotov são exibidas. A polícia ainda apura a identidade dos autores do atentado.

A Frente Integralista Brasileira afirmou, em nota, que repudia a tentativa de associar o movimento ao ataque. A frente disse ainda que desconhece o grupo em questão.

A filmagem publicada pelos supostos autores do atentado é feita por uma câmera que acompanha a ação. São três os homens que jogam os coquetéis Molotov e um que filma. Já imagens de câmeras de segurança no local mostram quatro pessoas – dois em uma moto e dois em um carro. Os donos dos veículos serão intimados a depor.

Enquadramento na lei antiterror

Os policiais não enquadraram o crime na lei antiterror, alegando que ela prevê uma conduta lesiva à organização da sociedade e ao Estado. «Nos parece que foi um ataque direcionado a uma vítima determinada», afirmou o delegado Ribeiro.

Se o caso vier a ser considerado terrorismo, ficará a cargo da Justiça Federal.

O grupo Porta dos Fundos se tornou alvo de uma onda de críticas de militantes políticos e religiosos desde o lançamento do especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo, no Netflix. A produção mostra um Cristo gay, interpretado por Gregório Duvivier, com um namorado.

No dia 19, a Justiça do Rio negou liminar a um pedido de uma associação religiosa para que o programa fosse removido do site.

Segundo a Justiça, determinação diferente seria «inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário». As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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