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Itália descobre novo esquema ilegal de cidadania para brasileiros

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O prefeito de um vilarejo do centro da Itália está sendo investigado pelo Ministério Público por suspeita de receber propina de brasileiros para facilitar o reconhecimento da cidadania por direito de sangue (jus sanguinis).

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O inquérito tem como alvos 17 pessoas, incluindo Lino Nicola Gentile, governante de Castel del Giudice, município de cerca de 300 habitantes situado na região de Molise; e ex-dirigentes de Pratola Peligna, de 7,4 mil moradores, na vizinha Abruzzo.

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Eles são suspeitos de crimes como corrupção em atos de ofício e falsidade ideológica. A hipótese do Ministério Público de Isernia é de que os investigados tenham montado uma organização que recebia dinheiro e outros benefícios de brasileiros para certificar a cidadania jus sanguinis, mesmo na ausência da documentação prevista em lei.

Segundo o inquérito, cada candidato pagava 300 euros às autoridades, além de cestas de Natal e caixas de vinho, enquanto intermediários recebiam até 3 mil euros pelo serviço.

De acordo com dados do Ministério do Interior compilados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), os brasileiros respondem por 85% dos pedidos de reconhecimento de cidadania jus sanguinis feitos em solo italiano em 2017: 7.014, de um total de 8.252 – os números excluem os procedimentos feitos pela rede consular.

Para realizar o reconhecimento na Itália, é preciso fixar residência no país durante a tramitação do requerimento, que pode levar alguns meses. Diversas investigações já levaram até à revogação das cidadanias de centenas de brasileiros por corrupção e irregularidades na certificação da residência.

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