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Nova lei de cidadania aprovada na Índia exclui muçulmanos

O Parlamento da Índia aprovou nesta quarta-feira (11) uma polêmica lei que exclui muçulmanos de um projeto de concessão de cidadania. O projeto em questão facilita a concessão de cidadania a pessoas do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão que deixaram seus países por algum episódio de perseguição religiosa anterior a 2015 e estão na Índia ilegalmente.

No entanto, a nacionalidade indiana será oferecida de maneira mais veloz apenas a budistas, cristãos, hindus, partis, jains e sikhs. Dessa maneira, os muçulmanos rohingyas de Myanmar, que já foram alvos de perseguições, ficaram de fora.

O Senado da Índia aprovou a lei por 125 voos a favor e 105 contra. O texto já tinha passado na última segunda-feira (9) pela Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção presidencial. A lei é de autoria do partido do ministro-ministro hindu nacionalista Narendra Modi, Bharatiya Janata.

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Enquanto o premier alega que a lei ajudará as vítimas de perseguição, a imprensa local vê a medida como um ato de marginalização dos muçulmanos. Logo após a aprovação no Senado, ontem, várias cidades da Índia registraram protestos violentos contra a nova lei. Em Assam e Tripura, foram registrados confrontos entre manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo.

De acordo com a emissora CNN, cerca de 1,8 mil pessoas foram detidas. O hinduísmo é a religião predominante na Índia, com 80,5% de seguidores. Depois, vem o islamismo (13,8%), o cristianismo (2,3%), o sikhismo (1,9%), budismo e jainismo (1,5%).

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