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Árvores já causam danos antes do verão em SP

Árvore caiu sobre banca e carro em Perdizes Foto: Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress

Quando chove mais forte, o paulistano já sabe: vai ter queda de árvores. Nos últimos dias, mesmo antes da chegada do verão, quando as chuvas são mais intensas, não foi diferente.

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Anteontem, um exemplar de 25 metros caiu sobre o teto da Emei (escola municipal infantil) Tenente Paulo Alves, na Vila Mariana (zona sul). Só com a chuva de ontem, os bombeiros registraram, até as 18h30, 33 chamados para queda de árvore na Grande São Paulo. Uma  delas desabou  em Perdizes (zona oeste), sobre um carro e uma banca de jornal, fechando a rua João Ramalho.

A preocupação com esse tipo de acontecimento é um dos fatores que levaram as árvores a serem o item com mais reclamações dos cidadãos à Ouvidoria da Prefeitura de São Paulo nos três primeiros trimestres deste ano (veja quadro ao lado).

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Para o biólogo Luiz Eloy Pereira, do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região, os principais motivos para o enfraquecimento das árvores nas grandes metrópoles são falta de espaço para o crescimento das plantas, podas mal feitas e infestação de cupins e fungos. Ele diz que há equipamentos que ajudam na identificação e no tratamento de árvores enfraquecidas. “Mas é preciso que esse trabalho de manutenção e prevenção seja feito com frequência.”

E o que está sendo feito? A Secretaria Municipal das Subprefeituras disse que hoje em dia há 100 equipes na cidade para o serviço de podas e manejo de árvores –eram 77 no ano passado– e que de janeiro a novembro foram podadas 105.473 espécimes na cidade, mais do que as 89.668 de todo 2018.

Mas aquelas com contato com as redes elétricas precisam ser manejadas pela Enel, que informou que, até novembro, realizou mais de 200 mil podas em sua área de concessão –24 cidades incluindo a capital.

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