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Rostos estampados nas pilastras do Minhocão trazem a diversidade de São Paulo

A diversidade de João Alvarez/Fotoarena/Folhapres

O paulistano está acostumado a andar rápido e com pressa, sem reparar muito nos detalhes da cidade e nas pessoas que estão no seu caminho. Esse é o problema que a fotógrafa Raquel Brust tenta “resolver” com sua exposição temporária de fotografias gigantes de rostos de pessoas. A artista busca “humanizar” as estruturas de concreto das pilastras que sustentam o elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, na rua Amaral Gurgel (centro).

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A exposição – que integra o projeto Giganto – traz cliques de rostos (que serão estampados em 29 mega painéis de seis metros de altura e três de largura) escolhidos a dedo pela artista para representar o tema escolhido: a diversidade. O objetivo é despertar empatia,  tolerância e criar uma memória afetiva com a cidade.

Rostos como a da atleta cadeirante de rúgbi Bruna Marsanovic, o líder indígena Davi Karai Popygua, e a youtuber drag Rita Von Hunty, serão expostos para trazer inclusão de grupos marginalizados.

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Também serão reveladas as faces de Leonardo Gleison Ferreira, deficiente visual, Wallie Ruy, atriz e mulher trans, Akin Cavalcante, ator negro com vitiligo no rosto e Preta Ferreira, líder do movimento pró-moradia.

A intervenção não tem data certa para acabar, dependendo da “recepção” dos moradores e frequentadores do local.

Já é a 10ª edição do projeto Giganto, sendo esta segunda vez  que é realizada no Minhocão. A primeira vez da iniciativa na região foi em 2013 e contou com 20 painéis que traziam retratos de moradores de rua que buscam abrigo no próprio elevado.

Este ano, o Giganto também integra uma nova etapa no Museu de Arte na Rua, da Secretaria Municipal de Cultural, que prevê trazer intervenções artísticas para diversas regiões da cidade.

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