O Brasil segue na liderança do ranking de países mais afetados por chamadas telefônicas indesejadas. Segundo a terceira edição do relatório anual do serviço sueco de bloqueio para ligações não identificadas Truecaller, o brasileiro recebeu, em média, 45,6 ligações de spam por mês, alta de 21,6% sobre 2018.
Em 2018, o país já havia se tornado o líder em chamadas de spam, ultrapassando a Índia. Em dois anos, houve um salto de 120% na média de ligações indesejadas recebidas pelos brasileiros.
Os dados foram agregados anonimamente a partir das chamadas identificadas como spam pelos usuários do serviço entre janeiro e outubro de 2019. No período, o app registrou 116 bilhões de ligações não identificadas no mundo.
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As operadoras de telefonia e os provedores de serviços de internet são os que mais perturbam os brasileiros, com 48% das chamadas. No ano passado, esse percentual estava em 32%.
As ligações de bancos e serviços financeiros também aparecem na lista, com 13%, empatadas com as chamadas de telemarketing (13%).
O estudo também mostra o avanço das chamadas fraudulentas. Em 2017, apenas 1% das ligações estavam relacionados a fraudes. Em 2018, esse número subiu para 20%, e, este ano, para 26%.
Não perturbe
Em julho, por determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as operadoras colocaram no ar o site naomeperturbe.com.br para consumidores pedirem o bloqueio de chamadas de empresas do setor. A multa para a empresa que desrespeitar a lista é de até R$ 50 milhões.
Em 16 estados, o Procon também oferece ferramentas online para registrar o telefone e bloquear ligações de empresas. A lista inclui São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná.