Moradores de Paraisópolis, na Vila Andrade (zona sul), realizaram ontem protesto pacífico pedindo investigação rigorosa das mortes ocorridas no último domingo, durante ação policial em um baile funk na comunidade, e mais opções de lazer para a juventude da periferia. Na ação, morreram nove pessoas, entre 14 e 23 anos.
Os manifestantes seguiram para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Uma comissão pediu para entrar no palácio e entregar uma carta de demandas ao governador João Doria (PSDB), que se negou a atender os manifestantes.
PMs dizem que receberam tiros de dois homens em uma moto, que fugiu para o pancadão, na madrugada de domingo. Testemunhas e vídeos que teriam sido feitos por moradores durante a ação relatam abuso da força dos agentes contra quem estava no baile.
Recomendados
Policiais erraram por não fazerem bafômetro em motorista de Porsche após acidente, diz sindicância
VÍDEO: Tiros disparados contra loja de conveniência acertam cabeça de menina de 10 anos, no Paraná
Condutor de Porsche estava a mais de 150 km/h quando colidiu e matou motorista de app, diz laudo
Ontem, moradores de Paraisópolis foram ouvidos nas investigações sobre o caso, conduzidas pelo DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) e pela Corregedoria da Polícia, com acompanhamento do Ministério Público.
Heliópolis
Na mesma madrugada da ação em Paraisópolis, um homem foi morto a tiros por policiais em Heliópolis (zona sul) em baile funk.
A polícia diz que o homem teria atirado contra os policiais e fugido para a festa. Testemunhas e vídeos que teriam sido gravados na operação também relatam que PMs abusaram da força contra os jovens.
O DHPP e a Corregedoria investigam o caso.