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Brigadistas soltos em Alter do Chão reafirmam inocência e relatam ameaças

Os quatro brigadistas de Alter do Chão (PA), que passaram três dias presos semana passada acusados de provocarem incêndios florestais, disseram ontem que pretendem voltar ao trabalho, mas que estão impossibilitados por conta de ameaças.

O grupo deu ontem a sua primeira entrevista após deixar a cadeia e reafirmou a sua inocência. “O que a gente mais quer nesse momento é que a vida volte ao normal, é poder retomar os trabalhos na brigada, mas está impossível agora, por conta das fake news espalhadas sobre a gente. Nós estamos em perigo”, afirmou  Daniel Gutierrez, que disse também que o portão da sua casa foi arrombado.

Presos durante a operação Fogo do Sairé, na terça-feira passada, os brigadistas são suspeitos de atearem fogo em área de mata para obterem benefícios financeiros por meio de doações, segundo a polícia. O inquérito, porém, tem sido questionado por não oferecer indicações claras de envolvimento do quarteto com os incêndios. O Ministério Público apontou que não há provas e a Justiça determinou na última quinta-feira a soltura do grupo.

Os brigadistas disseram ontem que têm parcerias com ONGs internacionais, mas que não receberam nenhuma doação do ator e ativista pela causa ambiental Leonardo DiCaprio, como foi divulgado pela Polícia Civil do Pará e repercutido até pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

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