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Preço da carne dispara; quilo do filé mignon chega a R$ 50

Devido ao aumento das exportações para países como China, Emirados Árabes e Rússia, o preço da carne bovina disparou em todo o Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, as vendas para o exterior subiram após a produção de proteína animal chinesa ter sido contaminada por uma doença.

Aqui, os consumidores ficaram surpresos com o aumento repentino. Dependendo do corte, o valor chega quase a dobrar. O preço do acém subiu de R$ 13,00 para R$ 20,00, o contrafilé foi de R$ 19,90 para R$ 32,00 e o quilo do filé mignon está saindo por R$ 50,00. Esses são alguns exemplos da alta indicados por ouvintes da rádio Bandeirantes.

Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) na capital paulista, as carnes bovinas já mostram alta de 16,70% na terceira semana de novembro ante mesmo período de outubro. As suínas e as aves também tiveram  alta de 11,80% e 9,30%, respectivamente.

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“O preço de carne ainda não chegou ao pico”, afirma o diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco de Sales Manzi, estimando que a regularização do rebanho chinês pode levar anos.

A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, aponta que o reajuste de preços está relacionado a fatores climáticos e também à recomposição do preço da arroba, que estava defasado. “A pecuária bovina vinha com preços que não subiam há muito tempo, mais de três anos. E também tivemos este ano um pouco agravado pela seca mais prolongada. Então o gado que está no pasto está demorando mais para ficar pronto”, disse a ministra.

Segundo ela, o governo não pensa em facilitar a importação para forçar o preço a cair no Brasil.

Ricardo Nissen, assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), aponta que as reações do mercado não são imediatas.

“A pecuária de corte é uma atividade que tem o ciclo mais longo que as demais. Então quando a gente fala de questões mercado, elas não são automáticas. Hoje não há necessidade de ter importação de carne. Temos como abastecer o mercado interno com os animais que a gente tem”, afirma o assessor da CNA.

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