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Uma a cada 10 pessoas já foi assediada sexualmente no Metrô ou CPTM, diz Procon-SP

Reprodução/Rádio Trânsito FM

Uma a cada dez pessoas já foi assediada sexualmente no sistema metropolitano de São Paulo. É o que aponta uma pesquisa do Procon-SP divulgada na quarta-feira (27).

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O levantamento busca apontar os principais problemas no transporte público sobre trilhos, como o Metrô e a CPTM. Foram entrevistadas 902 pessoas entre 2 e 6 de setembro deste ano, sendo que 843 disseram usar o Metrô e 458 afirmaram usar a CPTM. O questionário foi respondido em nas unidades Sé, Itaquera e Santo Amaro do Poupatempo.

Ao serem perguntados se já foram assediados sexualmente no trajeto de trem ou metrô, 94 pessoas disseram que sim, o que equivale a 10,42% dos entrevistados. Entre eles, 57 foram assediados no metrô, 20 na CPTM e 17 em ambos os serviços.

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De acordo com o artigo 216 do Código Penal, o assédio sexual é definido como o ato de “constranger alguém, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.”

Tanto o Metrô de São Paulo quanto a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) possuem fortes campanhas de comunicação contra o assédio sexual, com recursos visuais e sonoros que são expostos nos trens e dependências das estações. As mensagens reforçam o ato como crime e dão o caminho para vítimas ou testemunhas denunciarem a ação.

Veja como denunciar:

  1. No Metrô:
    As vítimas e testemunhas devem procurar um funcionário da companhia, recorrer ao aplicativo Metrô Conecta (disponível para Android e iOS) ou ao serviço SMS Denúncia (97333-2252). A mensagem é transmitida para o Centro de Controle de Segurança que destaca os agentes de segurança mais próximos para o atendimento de ocorrência.
  2. Na CPTM:
    Os funcionários devem ser informados sobre fatos envolvendo abuso sexual nos trens, para que o agressor seja encaminhado à delegacia de polícia mais próxima para registro do Boletim de Ocorrência. Também é possível denunciar pelo SMS Denúncia (97150-4949). É importante descrever características físicas e roupas do agressor para facilitara a sua identificação e localização.

Principais problemas

A superlotação do sistema metropolitano de São Paulo é a maior reclamação dos usuários, segundo o levantamento. Os trens e plataformas cheios são seguidos por atrasos, manutenção nos trens e falta de segurança na lista de principais problemas.

Em uma avaliação geral, o Metrô é avaliado como “ótimo/bom” por 60% dos usuários – os demais 40% o consideram “ruim/péssimo”. Já a CPTM tem avaliação negativa, com 65% de “ruim/péssimo” e 35% de “ótimo/bom”.

Ambulantes, cantores e pedintes

A pesquisa também perguntou se a presença de ambulantes, artistas de rua ou pedintes dentro dos vagões atrapalham a viagem no Metrô ou na CPTM. Para 55% afirmaram não se incomodar, enquanto 45% se incomodam.

A tendência se inverte ao questionados se já compraram produtos de ambulantes: 46% compraram e 54% nunca adquiriram.

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