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Quatro motivos para a alta na cotação do dólar comercial

O dólar comercial encerrou a terça-feira (26) em alta de 0,59%, a R$ 4,239 na venda, o maior valor nominal desde a criação do Plano Real. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,277.

Os investidores reagiram a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que indicou que o dólar alto veio para ficar. “É bom se acostumar com juros mais baixos por um bom tempo e com o câmbio mais alto por um bom tempo”, declarou na noite de segunda-feira, em Washington.

Para segurar a moeda, o Banco Central fez duas intervenções no mercado de câmbio, com leilões de dólar à vista. A autoridade monetária não divulgou o quanto foi vendido, apenas que cada leilão envolvia a venda de pelo menos US$ 1 bilhão.

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O dólar acumula alta de 5,75% em novembro. Outros fatores também vem pressionando o câmbio, como a frustração com o megaleilão do pré-sal, no dia 6, que atraiu menos recursos que o esperado, e a continuidade das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Confira quatro razões que jogaram a cotação do dólar para cima

• Juro baixo.
Com a queda da Selic, hoje em 5% ao ano, o Brasil passou a oferecer remuneração menor para investidores estrangeiros, que acabam fazendo seus aportes em outros locais. As empresas também aproveitam os juros baixos para tomar empréstimos aqui e antecipar o pagamento de dívida externa

• Fluxo menor.
O dólar vem subindo desde o megaleilão do pré-sal, no início do mês. O certame não atraiu o interesse de estrangeiros, frustrando expectativas de uma grande entrada de recursos no país

• Contas externas.
O país teve um rombo de US$ 45,657 bilhões entre janeiro e outubro, um salto de 41% sobre 2018

• Fatores externos.
Os investidores também estão atentos à guerra comercial China-EUA e seus impactos na economia mundial.

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