Sindicalistas e estudantes colombianos convocaram para hoje a segunda greve geral no país em uma semana. A decisão foi tomada após uma reunião ontem com o presidente Iván Duque, considerada por eles insatisfatória, e pela morte do estudante Dilan Mauricio Cruz Medina, de 17 anos, atingido pela polícia no último sábado.
Entre as 13 exigências apresentadas pelo Comitê Nacional de Greve estão mais participação em qualquer mudança no sistema de pensões, nas leis trabalhistas e no plano de reforma fiscal que o governo apresentou recentemente ao Congresso. E, ainda, o fim do Esmad (Esquadrão Móvel Antidistúrbios), da polícia colombiana, responsável pela morte de Dilan.
A Colômbia enfrenta manifestações nas ruas contra as políticas de Duque, presidente há quinze meses e com 69% de desaprovação.Foi numa dessas manifestações que o estudante Dilan foi atingido pelo disparo feito por um agente.
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Dilan queria estudar administração, mas precisava de um empréstimo para financiar seus estudos e tinha ido às ruas pedir melhor acesso à educação. Acabou se tornando a quarta vítima dos conflitos.
Em 21 de novembro, três mortes foram registradas no departamento de Valle del Cauca, sudoeste do país. Os protestos já deixaram, até o momento, ao menos 350 manifestantes e 182 policiais feridos. Cerca de 170 pessoas foram detidas.
Perto do hospital onde Dilan estava internado, centenas de jovens se reuniram para expressar solidariedade à família e exigir uma investigação.
Medidas
Em pronunciamento transmitido ontem pelas redes sociais, Duque anunciou a incorporação de medidas de alívio para os mais pobres no projeto de reforma tributária que está sendo discutido no Congresso e deve ser aprovado antes do fim deste ano.