O dólar comercial fechou na segunda (25) em alta de 0,53%, a R$ 4,2150 na venda. Com isso, a cotação superou o recorde nominal anterior, de R$ 4,2061, na segunda-feira da semana passada.
Descontada a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós Plano Real ocorreu em 22 de outubro de 2002, quando a cotação nominal foi de R$ 3,9522. O valor atualizado é de R$ 7,577.
A alta foi puxada por preocupações com as perspectivas de ingresso de recursos ao país. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, o Brasil registrou um rombo nas contas externas de US$ 7,9 bilhões em outubro, pior resultado para o mês desde 2014. A autoridade monetária projetava para o mês passado um déficit de US$ 5,8 bilhões na conta corrente – compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países.
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Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o déficit de outubro é resultado da piora na balança comercial. “A balança comercial tem tido superávits decrescentes em função do comportamento das exportações”, avaliou.
Entre janeiro e outubro, o rombo nas contas externas soma US$ 45,657 bilhões, um salto de 41% em relação a igual período de 2018. O valor representa o mesmo volume de redução das exportações nos dez primeiros meses do ano.
No exterior, o dólar também subiu contra divisas emergentes diante das incertezas sobre as negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Mesmo com notícias sobre um possível acordos, os investidores seguem cautelosos em relação à guerra comercial.
O Ibovespa fechou em baixa moderada, de 0,25%, a 108.423,93 pontos, atingindo 108.079,87 pontos na mínima e chegando a 108.914,73 pontos, na máxima do dia.
Moeda chega a R$ 4,68 para turistas
Nas casas de câmbio, o dólar era vendido, por volta das 19h20, entre R$ 4,65 e R$ 4,68 no cartão pré-pago, segundo com informações do site Melhor Câmbio. Em espécie, a moeda estava cotada entre R$ 4,43 e R$ 4,46.
Com a recente valorização do dólar ante o real, os brasileiros estão reduzindo os gastos no exterior. Segundo dados do Banco Central, em outubro, as despesas com viagem ao exterior totalizaram US$ 1,506 bilhão, queda de 6,05% frente ao mesmo período de 2018. Foi o menor valor para o mês desde 2016.