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Aliança pelo Brasil: Bolsonaro lança partido em defesa de Deus, armas e oposição ao comunismo

Reprodução/Twitter/FlavioBolsonaro

O novo partido de Jair Bolsonaro (PSL), Aliança pelo Brasil, foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (21), sob forte discurso de respeito a Deus e de oposição a movimentos de esquerda. O evento contou com a participação do presidente e dois de seus filhos, Flávio e Eduardo (PSL-SP).

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A convenção contou com o anúncio de que Bolsonaro foi escolhido como presidente do Aliança, com Flávio como vice. Os membros da futura legenda disseram que os filiados não podem ser condenados em segundo grau de jurisdição pela prática de crimes hediondos, equiparados, violência contra a mulher e corrupção.

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Em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. «O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro», afirmou.

Karina afirmou que o partido é conservador, comprometido com a liberdade e ordem, soberanista e de oposição às «falsas promessas do globalismo».

O programa tem os seguintes princípios:

  1. Respeito a Deus e à religião;
  2. Respeito à memória e à cultura do povo brasileiro;
  3. Defesa da vida;
  4. Garantia de ordem e da segurança.

O programa afirma que o partido «reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro». Há ainda defesa da posse de armas. Karina disse que o partido «se esforçará para divulgar verdades sobre crimes do movimento revolucionário, como comunismo, globalismo e nazifascismo». Ainda segundo a advogada, o partido estabelecerá relações com siglas e entidades de países que «venceram o comunismo», como os do Leste Europeu.

«O Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo», disse Karina. A frase foi bastante aplaudida pelos presentes. A plateia começou a gritar: «A nossa bandeira jamais será vermelha».

A maioria dos parlamentares do PSL, que pretendem migrar para a nova sigla, ocupava as primeiras fileiras do auditório. Alguns não conseguiram lugar nas primeiras cadeiras porque chegaram mais tarde. Outros quase não conseguiram entrar. Havia ainda dezenas de apoiadores ao lado de fora do auditório, por causa da lotação. Apenas poucos jornalistas tiveram acesso ao auditório principal.

A fim de participar das eleições municipais de 2020, Bolsonaro pretende tirar o partido do papel por meio da coleta de assinaturas digitais. Ele afirmou que, se não for possível a coleta eletrônica, a legenda ficará fora da disputa no ano que vem. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir na próxima terça (26) se a Justiça pode aceitar assinaturas eletrônicas para a formação de um partido político.

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