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Jair Bolsonaro dá como certa a sua saída do PSL

A crise interna e a disputa pelo controle do PSL devem provocar a saída de Jair Bolsonaro (PSL) do partido e, se isso realmente ocorrer, a principal hipótese é que o presidente ingresse em nova sigla criada por ele mesmo.

Em entrevista na noite de domingo à TV Record, Bolsonaro disse que, de zero a 100, a chance de ele deixar o PSL é hoje de 80% e que a possibilidade de fundar um partido para si é de 90%.

O racha entre o presidente e o PSL ganhou força nas últimas semanas com os desdobramentos das denúncias de que a legenda se valeu de candidaturas laranjas para desviar recursos nas eleições do ano passado.

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A temperatura tem subido ainda mais com a troca de ofensas e acusações quase que diária entre os dois grupos que brigam pelo poder no PSL: os bivaristas, que seguem o presidente do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE), e os bolsonaristas, alinhados ao presidente e os seus filhos.

Por trás da guerra também está a disputa pelos recursos dos fundos partidário e eleitoral. Impulsionado pela onda que elegeu Bolsonaro, o PSL aumentou sua representação e deverá ter, no ano que vem, a maior fatia dos recursos entre os partidos. O grupo do presidente estuda formas de sair levando parte deste dinheiro – ou que, pelo menos, o PSL também não fique com toda a verba caso ocorra a debandada bolsonarista.

A Folha de S.Paulo revelou ontem que, em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro e ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno disse que Bolsonaro prometeu repassar 30% do fundo eleitoral (R$ 2,7 milhões) para o diretório de Pernambuco, chefiado por Bivar. Bolsonaro não se pronunciou.

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