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Óleo interdita praias e impede banho em Morro de São Paulo

Manchas de petróleo avançaram ontem pelo sul da Bahia, alcançando o terceiro maior destino turístico do estado, o Morro de São Paulo. A presença ainda misteriosa do óleo já atingiu outras praias paradisíacas do Nordeste, como Maragogi (AL) e Carneiros (PE).

As manchas em Morro de São Paulo começaram a aparecer na orla por volta das 2h de ontem, quando a Prefeitura de Cairu optou por interditar o acesso às praias Segunda e Terceira. A liberação ocorreu no início da tarde, após a retirada de 1,5 tonelada de óleo. É a maior quantidade coletada no sul    da Bahia até agora.

A prefeitura afirma aguardar avaliação dos órgãos estaduais para voltar a recomendar banho de mar na região. Morro de São Paulo recebe anualmente cerca de 400 mil turistas.

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A praia da Cueira, em Boipeba, e a Ponta do Quadro, em Garapuá, também foram atingidas no município de Cairu.

O superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Alves, disse que há preocupação do governo federal com a atividade turística no Nordeste. “As pessoas estão muito impressionadas com as imagens de grande quantidade de óleo em alguns locais, mas não é todo o Nordeste que está assim”, afirmou.

Investigações

Ontem, o exército se juntou aos voluntários e funcionários estaduais e municipais na limpeza da orla nordestina. O reforço foi determinado anteontem pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, esteve em Recife e afirmou que o governo federal requisitou o Exército após o avanço das manchas. “Nós não julgávamos ser necessário empregar o Exército. Quando precisou, nós empregamos. Quando as manchas saíram de Salvador (BA), recrudesceu, e chegaram em Pernambuco nesses dias, aí, sim”, disse.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também visitou a região e disse ainda não ter pistas sobre a origem do material. “Nós sabemos que o óleo é venezuelano, mas a investigação é no sentido de como esse óleo chegou na costa brasileira.”

A Marinha afirmou ontem estar focada em cerca de 30 navios, provenientes de dez países, que passaram perto da costa brasileira entre os dias 25 de agosto e 3 de setembro.

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