A Prefeitura de São Paulo retoma a partir desta quarta-feira (23) as obras de revitalização do largo do Arouche, no centro da cidade. Com interdições há três meses após uma decisão judicial, o espaço agora tem previsão de entrega de 40 dias.
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As obras do largo foram anunciadas no dia 24 de junho deste ano, junto a um pacote de intervenções na região do triângulo histórico da capital – vale do Anhangabaú, parque Augusta e parque Minhocão. O objetivo é melhorar a estrutura para o uso da população.
A Justiça, porém, acatou um pedido do MP-SP (Ministério Público) de paralisar os trabalhos no local menos de um mês depois, no dia 22 de julho. A juíza Paula Micheletto Cometti, da 12ª Vara de Fazenda Pública, deu razão à acusação, que levou ao tribunal laudos técnicos que apontam uma descaracterização do Arouche pelo projeto de revitalização.
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O local é tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) e sua última reforma data do ano de 1940. No mês seguinte, a prefeitura ainda teve um recurso negado, mantendo as obras paradas.
Um projeto substitutivo foi apresentado ao Condephaat (órgão estadual de defesa do patrimônio) – que também analisa o tombamento do local – e, na segunda-feira (21), as obras foram liberadas seguindo os novos planos. Para a juíza Cometti, o novo conceito possui “adequações técnicas que suprimiram as observações contrárias ao projeto anterior”.
O novo largo do Arouche propõe a criação de um boulevard com novos bancos, bebedouros e grades, além da pavimentação e nivelamento do passeio. A iluminação no local será reforçada, assim como a segurança, com bases para policiamento e atendimento à comunidade LGBT. O investimento é de R$ 3,8 milhões.