O petróleo cru que há mais de um mês se espalha pelas praias do Nordeste ainda tem origem desconhecida, mas o seu impacto para a natureza, para o cotidiano dos moradores e para o turismo já começa a ser revelado.
O balanço desta quarta-feira do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) mostrou que o óleo já alcançou 139 pontos em 63 cidades dos nove estados da região. (clique e acompanhe)
As manchas seguem avançando e chegaram ontem à foz do rio São Francisco, em Alagoas, enquanto outro bloco se aproxima da região metropolitana de Salvador, na Bahia.
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O petróleo já foi avistado nas águas e nas areais de importantes pontos turísticos, como as praias de Porto de Galinhas e Boa Viagem, em Pernambuco, as cidades de Jijoca de Jericoacoara, no Ceará, e Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte,
A recomendação do Ibama e das secretarias do meio ambiente dos estados é para que se evite a prática de esportes náuticos, os banhos, a pesca e o consumo de frutos do mar nas praias impactadas.
Quem teve contato com a substância diz que o material é denso e pegajoso, como um piche, e que o odor é forte.
Os animais também sofrem. Oficialmente, uma ave e 21 tartarugas afetadas foram resgatadas e 13 morreram. O Projeto Tamar suspendeu a soltura de 800 filhotes de tartaruga no mar porque diz que os bichos – mais novos e mais frágeis – não resistiriam à contaminação.
Órgãos Ambientais, as Forças Armadas e a Polícia Federal estão empenhados nas investigações, mas a origem da substância ainda é desconhecida. Uma análise já mostrou que se trata de petróleo cru e que não é da Petrobras.
O governo também não sabe como se deu o derramamento e está analisando as rotas das embarcações que passaram pelo litoral nordestino para localizar o responsável.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem que, “muito provavelmente”, o petróleo é da Venezuela e que o derramamento, “acidental ou não”, ocorreu de um navio estrangeiro.