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Nova campanha contra sarampo focará crianças

Mais um bebê morreu devido ao sarampo na capital, segundo divulgou nesta quarta-feira a Secretaria Estadual da Saúde. A vítima é uma menina de 11 meses que não foi vacinada. O total de casos na cidade chegou a 3.760.

Outros três óbitos foram confirmados no estado ontem: uma mulher de 46 anos de Itanhaém (litoral sul); uma mulher de 59 anos de Francisco Morato (Grande SP), sem histórico vacinal; e um homem de 25 anos de Osasco, sem registro de vacinação. No total, nove pessoas morreram em decorrência do sarampo neste ano no estado.

Para tentar conter o avanço de casos e mortes, a Secretaria Estadual da Saúde vai promover uma nova campanha de vacinação a partir de segunda-feira, com foco em imunizar crianças de 6 meses a 5 anos. A campanha vai até 25 de outubro e vai aplicar a tríplice viral, que, além do sarampo, protege também contra rubéola e caxumba.

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Proteção para bebês

Sem poderem ser vacinados contra o sarampo, os bebês menores de seis meses requerem cuidados extras para evitar a contaminação pela doença e uma atenção redobrada a possíveis sintomas iniciais de que estejam com a doença.

A infectologista pediátrica Deborah Ascar, 39 anos, do Hospital Assunção da Rede D’Or, diz que é necessário evitar ao máximo o contato do bebê dessa faixa etária com pessoas com sintomas de sarampo. Ela considera bom que a mãe que não estiver com a vacina em dia tome a dose que falta, pois pode passar um pouco da proteção pelo leite materno e evitar pegar a doença.

Segundo ela, se a criança apresentar febre muito alta – a partir de 39ºC –, cansaço, recusa a alimentos, pode ser sinal de sarampo, antes mesmo que apareçam as manchas características da doença. Mas febre dessa intensidade, ressalta, exige que a criança seja levada para atendimento médico.

“Como o paciente com sarampo costuma morrer por pneumonia, é importante manter o catarro mais líquido, com inalação, lavar nariz com soro, fazer fisioterapia respiratória. A secreção mais líquida evita a gravidade da doença”, afirmou.

Pentavalente  está em falta

O Bora SP, da Band, vem mostrando a falta de vacina pentavalente nos postos de saúde. Em quatro locais a que foi, a reportagem não encontrou a dose, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenza tipo B. O problema começou em maio, quando a Anvisa interditou um lote de doses importadas da Índia que não passaram em teste de qualidade. A pasta diz que a regularização deve ocorrer em novembro.

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