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Professora estuprada na zona leste demorou cinco horas para conseguir registrar BO

Vítima precisou passar por três locais para finalmente registrar a ocorrência no 50º DP (Itaim Paulista) Anderson Sales/Google Maps

A demora de cinco horas para que uma professora vítima de estupro na zona Leste de São Paulo pudesse registrar um boletim de ocorrência evidencia a lentidão de serviços prestados em delegacias do Estado. No último sábado, a mulher precisou passar por três unidades até conseguir o atendimento.

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O responsável pela unidade onde a vítima conseguiu concluir a denúncia, o delegado Jorge Carlos Carrasco, diz que a demora não é um problema estrutural, mas de falta de orientações claras.

O 50º DP (Itaim Paulista), no qual foi registrado o BO, recebeu uma série de reclamações de ouvintes da BandNews FM. Um deles, que pediu para não ser identificado, relatou que o atendimento na delegacia na zona leste é ruim e demorado.

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A BandNews FM trata do assunto há mais de dez anos e a situação não tem melhorado, na avaliação da presidente da Associação de Mulheres de Paraisópolis, Elizandra Cerqueira, que sofreu com violência doméstica. Para esses casos, o indicado é que a vítima faça o boletim de ocorrência em uma delegacia especializada.

Até o ano passado, só existia uma unidade – no centro de São Paulo – que funcionava fora do horário comercial e aos fins de semana. Em 2019, seis tiveram o horário estendido na capital paulista; são duas no interior do estado e uma no litoral.

Mas mesmo nos locais especializados neste tipo de atendimento as reclamações são frequentes. Quem for mal atendido nestes locais pode procurar a Ouvidoria da Polícia – pelo telefone 0800 177 070.

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