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Após cinco mortes em duas semanas, motoristas de apps têm maior cautela para aceitar corridas

Foto ilustrativa Pexels

Depois de cinco assassinatos em apenas duas semanas na Grande São Paulo, motoristas de aplicativo estão com medo de exercer a própria função. Diante deste cenário, os próprios condutores se organizam, buscando estratégias para evitar ser mais um número nessa estatística de violência.

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Observar a avaliação do passageiro e se informar de antemão sobre o bairro onde há chamado podem ajudar a reduzir situações de risco, segundo motoristas ouvidos pela BandNews FM. Já as empresas alegam desenvolver mecanismos para minimizar a insegurança dos condutores e passageiros; só que aí o problema vai para o outro lado: o do cliente.

Dependendo de onde você mora, não vai conseguir chamar um carro de aplicativo. Ou, se você prefere pagar tudo à vista, em dinheiro, também fica mais difícil. A lógica do mercado fica comprometida por causa da falta de segurança.

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Em relação à reclamação dos motoristas de que os assaltos ocorrem com maior frequência quando a corrida é paga em dinheiro, a Uber afirma que, neste caso, exige dos usuários o número do CPF e a data de nascimento e que esses dados passam a ser checados na base do Serasa. Além disso, a empresa informa que adota no Brasil uma tecnologia para bloquear viagens consideradas mais arriscadas.

Já a 99 diz que, além de fazer a exigência de dados dos passageiros como o CPF, dá aos motoristas a opção de não aceitar o pagamento em dinheiro pela plataforma. A startup também informa que trabalha com inteligência artificial para evitar ocorrências e procura dar treinamentos com orientações sobre segurança para os condutores.

Procurada para saber se existe alguma estratégia de segurança para a categoria ou algum tipo de diálogo com as empresas de aplicativos, a Secretaria de Segurança Pública do Estado não respondeu à reportagem.

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