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Tecnologia vai unir escola de samba a faculdades de engenharia da Grande SP

Pesquisadores na folia! Maiores nomes da engenharia de São Paulo levam criações para o desfile da Rosas de Ouro

Desfile da Rosas de Ouro Simon Plestenjak/UOL/Folhapress

A escola de samba Rosas de Ouro vai levar tecnologia criada pelas maiores faculdades de engenharia da Grande São Paulo a seu desfile no próximo ano. Os carnavalescos aceitaram desafio proposto pelos pesquisadores de discutir a chegada da quarta revolução industrial, que avança com a automação dos processos.

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Participam do projeto de forma voluntária pesquisadores e alunos da USP, Insper, Instituto Mauá de Tecnologia e FEI, as duas últimas com campi no ABC.

O Metro Jornal conversou com o professor do curso de engenharia de produção do Instituto Mauá, Ari Costa, que trabalha na criação de tecnologia para o desfile. Ele conta que o maior desafio é chamar a atenção da população sobre as mudanças que vêm por aí. “Queríamos envolver os brasileiros utilizando algo que gostam muito, como o Carnaval. As pessoas precisam participar dessa revolução tecnológica, que vai mudar os empregos e as relações de trabalho.”

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Cada faculdade de engenharia vai desenvolver uma tecnologia que será utilizada no desfile. O Instituto Mauá medirá as emoções durante a passagem da Rosas de Ouro. Os pesquisadores querem saber o que sente o público na arquibancada, nos camarotes, na passarela e até na frente da televisão acompanhando a festa.

O protótipo inicial usará pulseiras nas pessoas para coletar as informações e já começou a ser testado nos ensaios da Rosas de Ouro.

O professor diz que não pode revelar tudo que será mostrado no dia do desfile. Mas que a ideia é coletar dados como batimentos cardíacos e movimentação das pessoas e traduzi-los em tempo real ao público. O armazenamento em nuvens das informações vai ajudar nesse processo. O monitoramento quer atingir entre 2.500 e 10 mil participantes.

Costa conta que a tecnologia testada no desfile carnavalesco poderá ser utilizada no futuro para usos em outros serviços, como monitoramento da saúde de pacientes e acompanhamento de funcionários em empresas. “Vamos gerar conhecimento e extravasar o sambódromo.”

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