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Queimadas na Amazônia: operação das Forças Armadas pode durar mais um mês

Bruno Kelly/Reuters

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A Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) das Forças Armadas para combater focos de incêndio na Floresta Amazônica pode ser prorrogada por mais um mês devido a permanência do tempo seco no Norte e no Centro Oeste do Brasil. Ao participar da 16ª Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que tratará hoje (20) do assunto com o presidente Jair Bolsonaro em uma reunião.

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«Tenho um despacho com o presidente da República ainda hoje e vamos ver a necessidade e as solicitações de ser prorrogada ou não. O mês de setembro está sendo visualizado pelos especialistas como tão seco ou igual a agosto. Talvez a permanência das Forças Armadas seja conveniente», disse o ministro, que acredita que a operação vai continuar. «A princípio, sim», respondeu a um repórter que perguntou se a operação deve permanecer.

Azevedo e Silva apresentou dados de 29 dias da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia Legal, que foi realizada a partir da solicitação dos governos estaduais da região. O decreto presidencial que fundamenta a operação é válido até o dia 24.

Foram combatidos mais de 500 focos de incêndio no período. Cerca de 2,1 mil militares foram capacitados como brigadistas e 51.913,33 mtros cúbicos de madeira extraída ilegalmente foi apreendida. Ao todo, a operação resultou em 106 termos de infração que somam R$ 28,3 milhões em multas.

O ministro afirmou que a maior preocupação com os focos de calor está concentrada no norte de Mato Grosso e no sul do Pará. Também preocupam o centro-sul do Mato Grosso e Goiás.

«Não temos preocupação na mata nativa», disse Azevedo e Silva.

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Durante sua palestra, o ministro apresentou gráficos que indicavam que a quantidade de focos de calor registrada em agosto de 2019 superou a média histórica, mas ficou abaixo dos piores anos desde 1998.

«Tem muita propaganda negativa em relação a isso que não corresponde com a realidade vivida agora», afirmou ele, que explicou que os focos de calor não são necessariamente focos de incêndio.

Orçamento

O general também disse que o ministério pode ter um «alento» no orçamento deste ano, com um possível descontingenciamento de recursos que beneficiaria todos os ministérios. Segundo Azevedo e Silva, o Ministério da Defesa foi o mais afetado pelo contingenciamento, com 49% dos recursos bloqueados.

«Estamos em tratativas para melhorar o Projeto de Lei Orçamentária do próximo ano em relação às Forças Armadas. Temos nossos projetos e não podemos atrasar mais o custeio nosso».

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