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Trump quer banir cigarros eletrônicos saborizados, suspeitos de provocar doença pulmonar

Reproducão/Pixabay

Nesta quarta-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma posição inesperada sobre a venda de cigarros eletrônicos saborizados. A decisão veio após uma reunião com autoridades da área da saúde na Casa Branca.

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Segundo a Bloomberg, o republicano encontrou-se com, entre outros,  o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, e o comissionário da agência Food and Drug Admnistration (FDA), Norman Sharpless. Cabe à última entidade a decisão sobre suspender ou não a venda destes produtos.

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«[A venda de cigarros eletrônicos] não apenas é um problema geral, mas também afeta especificamente as crianças», disse Trump a repórteres após o encontro. «Nós talvez tenhamos de fazer algo bastante drástico sobre isso».

Depois, o secretário Alex Azar afirmou que, em breve, a FDA publicará normas regulatórias para a remoção de cigarros eletrônicos do mercado. Nos Estados Unidos, a febre em torno destes produtos – os chamados «vapes» – é crescente, em especial entre jovens adultos e adolescentes.

Cigarro eletrônico

Os cigarros funcionam com a transformação de substâncias diversas em um vapor, que então é aspirado pelo usuário. Tais substâncias podem ou não conter nicotina – e têm a vantagem de não precisar da combustão deste composto, o que potencializa os danos causados por ele.

Na última sexta-feira (6), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país anunciou que mais de 450 pessoas em territórios estadunidenses haviam desenvolvido uma grave doença no pulmão, ligada ao uso de cigarros eletrônicos. No total, já ocorreram três mortes relacionadas ao produto.

Nesta terça (10), o prefeito Michael Bloomberg, de Nova York, posicionou-se como favorável a um banimento de cigarros eletrônicos saborizados, e chamou a atual situação uma «crise urgente da saúde».


NO BRASIL

A venda, produção ou importação dos cigarros eletrônicos ainda não é liberada para os brasileiros.

Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conduz pesquisas e consultas públicas com empresas, entidades pela legalização dos «vapes» e organizações de saúde para deliberar sobre o assunto.

A Fontem Ventures, subsidiária da maior empresa fabricante de cigarros eletrônicos do mundo todo, já demonstrou interesse em adentrar o mercado brasileiro assim que os produtos forem liberados.

 

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