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Ressurgindo das cinzas: Museu Nacional se prepara para reabertura em 2022

Quando um incêndio de proporções épicas atingiu o prédio histórico do Museu Nacional do Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro de 2018, houve grande comoção no mundo. O sentimento global era mais do que justificável, pois as chamas que naquele dia causaram a maior tragédia museológica do Brasil, destruíram, segundo dados de especialistas, pelo menos 80% dos 20 milhões de itens que faziam parte dos arquivos da instituição – uma das mais importantes da América Latina nas áreas de ciências naturais e antropológicas.

Hoje, exatamente um ano após o desastre, o clima sobre o futuro do museu mudou de total desalento para algum otimismo. É que o trabalho de restauração tem avançado e o local se prepara para reabrir algumas de suas salas ao público já em 2022 – bem a tempo de comemorar o bicentenário da Independência. Pelo menos essa é a previsão do diretor da instituição, Alexander Kellner, que fez o anúncio durante reunião que detalhou o processo de reconstrução do prédio na última quarta-feira.

Segundo Kellner, a expectativa é de que as obras de reconstrução da fachada e do telhado comecem ainda neste mês e que toda a recuperação do prédio histórico fique pronta em 2025. “É fundamental que o Museu Nacional consiga voltar a operar, consiga fazer as suas exposições. Temos que virar a página porque agora, querendo ou não, temos uma excepcional oportunidade de mostrar para o mundo que podemos fazer diferente”, afirmou o diretor.

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Apoio internacional

Embora grande parte do dinheiro para as obras de reconstrução tenha vindo do governo federal – cerca de R$ 16 milhões –, autoridades internacionais também contribuíram com doações generosas. A ajuda mais substanciosa veio da Alemanha: um total de 230 mil euros (cerca de R$ 1 milhão). A Itália é outro país que colabora para a recuperação do acervo tanto por meio de trabalho técnico quanto com o empréstimo de cerca de 2 mil peças para o Museu Nacional.

 

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