O plenário do Supremo Tribunal Federal deverá reavaliar a tese que fundamentou a decisão da Segunda Turma da Corte que anulou a condenação do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, na Lava-Jato por uma questão processual. O ministro Edson Fachin encaminhou ao colegiado caso semelhante envolvendo o ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira. Ainda não há data para julgamento.
ANÚNCIO
LEIA MAIS:
Moro autoriza primeira fase de programa de enfrentamento à criminalidade
Assinaturas contra suspensão do Parlamento passam de 1 milhão
Segundo especialistas em Direito e Processo Penal, a decisão está amparada na segurança jurídica, pois não houve o devido processo legal. Nele, a última manifestação deve ser da defesa – no caso anulado, a defesa teve que se manifestar antes do própria acusação (o delator), quebrando princípios legais.
Recomendados
Vídeo flagra momento em que atual esposa e ex-mulher de senador do PL saem no tapa
Aluna da USP acusada de desviar R$ 1 milhão de formatura vira ré por golpe em lotérica; entenda
Incêndio em pousada deixa ao menos 10 mortos em Porto Alegre; vídeos mostram correria e destruição
«A decisão pode ter impacto em outros processos da Operação Lava Jato, já que em todos outros casos poderá ser invocado o efeito extensivo do recurso, com benefício a outros réus», destacam os especialistas em Direito e Processo Penal, professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rogério Cury e Edson Knippel.
«Estamos diante de uma reviravolta que deverá ter grande impacto na Operação Lava Jato, com grande número de recursos», frisa o também especialista em Direito e Processo Penal, sócio da Pantaleão Sociedade de Advogados, e membro da Comissão Especial de Direito Penal da OAB, Leonardo Pantaleão.
Ao todos, 32 sentenças que envolvem 143 réus da Lava-Jato em Curitiba podem ser enquadradas em decisão semelhante à da Segunda Turma. Réus da operação no Rio, como o ex-governador Sergio Cabral, também avaliam apresentar recursos.