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Queimadas na Amazônia: veja respostas para as dúvidas mais frequentes

O aumento considerável dos focos de queimadas pela região Norte do Brasil chamou atenção no mundo todo. No entanto, desencontros de informações acabaram contaminando o debate sobre a questão.

A seguir, o Metro ajuda a esclarecer algumas das dúvidas mais comuns, com auxílio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de Rubens Benini, engenheiro líder da estratégia de restauração florestal da The Nature Conservancy.

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As queimadas sempre existiram na Amazônia? Por quê a repercussão agora?

Sim, desde que o monitoramento é feito pelo governo federal, a partir de 1986, há registros de incêndios, principalmente nas épocas mais secas. O que chama atenção neste momento é o aumento de focos em relação a outros anos. O Inpe registrou de janeiro até quarta-feira passada 75.335 casos. No mesmo período de 2018, foram 40.786, alta de 84%. O número de focos em 2019 é o maior em sete anos, segundo o Inpe.

O que motiva o aumento? A ação é criminosa?

Dificilmente o governo conseguirá indicar o causador de cada foco. Entre os fatores que podem ter contribuído estão o calor e falhas na fiscalização. Nem toda queimada é criminosa. Alguns estados permitem seu uso de forma controlada. O fogo pode ser causado também por fatores naturais, como raios. Mas o engenheiro florestal Rubens Benini explica que há pouca possibilidade de que causas naturais ocasionem incêndios na Amazônia por conta da umidade na região. O Inpe também relaciona a “quase totalidade” das queimadas à ação humana.

Quem monitora as queimadas? Quem fiscaliza?

O órgão oficial de monitoramento no Brasil é o Inpe, ligado ao governo federal. O serviço custa R$ 1,1 milhão ao ano. A Nasa, agência espacial norte-americana, também faz acompanhamento, neste caso com abrangência mundial. A fiscalização cabe ao Ibama e órgãos estaduais.

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Como se monitoram os focos de incêndio?

Os focos são identificados com o auxílio de satélites que conseguem captar calor. O Inpe realiza análises de imagens geradas por nove satélites, entre eles o Aqua, utilizado também pela Nasa. São analisadas cerca de 200 imagens por dia. Os focos são detectados quando a queimada tem mínimo de 30 m de extensão por 1 m de largura.

Onde encontro dados oficiais?

Eles podem ser acessados por qualquer cidadão no endereço eletrônico queimadas.dgi.inpe.br. O monitoramento da Nasa está em firms.modaps.eosdis.nasa.gov/.

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