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Estudo mostra queda de proteção ao sarampo

Um estudo conduzido desde fevereiro pelo ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas) da USP detectou que o atual surto de sarampo pelo qual passa a cidade de São Paulo, com 1.314 casos confirmados, está sendo provocado por um tipo gênico do vírus que não é idêntico ao que está na vacina.

O estudo mostra ainda que as pessoas que se imunizaram há muito tempo apresentam uma queda na produção de anticorpos que as torna mais vulneráveis a serem infectadas.

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“A pessoa que tomou a vacina há 20 anos, por exemplo, está com uma quantidade mais baixa de anticorpos. O vírus que está circulando não é exatamente idêntico ao da vacina. Com isso, o vírus entra em vantagem no corpo, se multiplica e a pessoa tem a doença. Mesmo sem ter os sintomas, ela transmite o sarampo”, afirmou o virologista Edison Luiz Durigon, 63 anos, do ICB.

O profissional destaca, contudo, que a dose que está sendo aplicada é eficiente. “Quem tomou a vacina agora está bem protegido, tem bastante anticorpos, suficientes para neutralizar qualquer um dos tipos do vírus do sarampo”, declarou.

Para o estudo, Durigon disse que recebe amostras de sangue de pessoas vacinadas e de pacientes confirmados com sarampo.

“Queríamos entender o quanto as pessoas que tomaram a dose estavam protegidas”, afirmou. Com as amostras, ele constatou que quem se imuniza agora está protegido contra qualquer vírus do sarampo, mas que após 15 anos da aplicação há queda na quantidade de anticorpos. Ele afirma ainda que quem teve a doença está totalmente protegido.

Campanha até dia 31

A campanha de vacinação segue até o próximo dia 31 de agosto. Até ontem, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, tinham sido imunizados 38,7% dos jovens de 15 a 29 anos e 51,5% das crianças de 6 meses a menos de 1 ano.

Grávidas, bebês menores de 6 meses e pacientes imunodeprimidos não têm indicação de receber a dose.

A vacina é aplicada nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde)  da cidade.

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