Um exame toxicológico realizado no corpo do futebolista argentino Emiliano Sala introduziu uma nova hipótese sobre sua morte. Tanto ele quanto o piloto do avião, que transportava o jogador para a Inglaterra, apresentavam um nível de saturação de 58% para a substância carboxihemoglobina – composto estável formado quando o monóxido de carbono (CO) e a hemoglobina das hemáceas se misturam.
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A descoberta foi divulgada em boletim oficial da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido. Emiliano Sala estava a caminho de sua nova residência, a Inglaterra, após deixar o futebol francês para ser transferido ao clube Cardiff City.
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O quadro do jovem aponta para uma possível intoxicação por monóxido de carbono anterior à queda do avião. Em níveis acima de 50%, a exposição a esse gás pode causar danos ao cérebro, coração e sistema nervoso. Em alguns casos, o CO provoca convulsões, perda de consciência e até a morte.
«É evidente pelos sintomas que exposição ao CO pode reduzir ou inibir a habilidade de um piloto para pilotar uma aeronave», explicou o boletim.
Em nota de posicionamento, a família de Sala pediu mais investigações nos escombros do avião, para determinar como o gás conseguiu penetrar pela cabine. A busca poderia, ainda, prevenir futuros acidentes aéreos.
«Níveis tão perigosos de monóxido de carbono terem sido encontrados no corpo de Emiliano levantam muitas questões para a família. O procedimento de tal investigação vai determinar a maneira na qual ele morreu».
A Agência de Investigação de Acidentes Aéreos afirma que está dando continuidade às investigações, e um boletim final será publicado «em devido tempo».