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Buraco em calçada é pior problema no caminhar em SP

Todo mundo que se desloca na cidade é pedestre em algum momento. E os três principais fatores que mais incomodam os paulistanos em seus deslocamentos a pé estão relacionados a calçadas: buracos, para 68%, irregularidades (degraus, rampas, falta de continuidade), para 53%, e o fato de serem estreitas, para 47%, indica pesquisa Ibope/Nossa São Paulo divulgada na terça-feira (6).

Segundo a Pesquisa Origem-Destino do Metrô, 30% das viagens realizadas na capital em 2017 foram a pé.

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Para melhorar as condições desse relevante modal de mobilidade na cidade, 68% consideram que a principal providência que a Prefeitura de São Paulo precisa tomar é fazer a manutenção das calçadas. A pesquisa trouxe outro dado relevante nesse quesito: 74% já sofreram ou presenciaram queda em calçadas.

Foi o que aconteceu com Patrícia Golvea, vendedora de 32 anos. Ela conta que foi atravessar a rua e tinha um buraco logo na borda da calçada, o que a fez torcer o pé. “Não vi, acabei pisando em falso e machuquei feio, fiquei três dias com o pé para cima”, afirma Patrícia.

A aposentada Maria Eunice Borges Araújo dos Santos, 70 anos, também sofreu com a falta de manutenção. “Eu vivo tropeçando, por isso ando com a minha bengala”, ri. “Mas uma vez a calçada estava com um desnível muito grande e caí em cima do meu braço, ficou todo roxo”, conta a aposentada.

O levantamento focando o pedestre –cujo dia é celebrado amanhã– é inédito. Segundo Carol Guimarães, da Nossa São Paulo, o tema foi abordado pela importância do caminhar na mobilidade das pessoas. Para ela, a calçada deve ter a mesma atenção do asfalto.

Outro lado

Em nota, a Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que a licitação para o Plano emergencial de Calçadas está em fase de análise de propostas e habilitação das empresas. A programação é investir
R$ 400 milhões, “que resultarão em 1,5 milhão de m² de calçadas requalificadas até o fim de 2020”. Foram selecionadas calçadas com grande fluxo de pedestres –além de equipamentos públicos,  avenidas com imóveis particulares, mas de interesse público devido à localização, pela presença de hospitais, estações de metrô, entre outros.

As regras

Para calçadas na cidade

• Responsabilidade. É da prefeitura quando for em frente a equipamentos municipais e do dono do imóvel quando na frente de locais particulares.

• Denúncia. Calçadas com problemas podem ser denunciadas nos canais do 156 (telefone, site e aplicativo) e nas praças de atendimento das subprefeituras.

• Acidentes em calçadas públicas. Todos os que se sentirem lesados por danos podem buscar reparação, com requerimento administrativo dirigido à Procuradoria Geral do Município, que analisará cada caso.

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