Em meio ao cenário de fraca atividade econômica e inflação bem comportada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu ontem a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, à nova mínima histórica de 6% ao ano. Foi o primeiro corte desde março de 2018.
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“Aparentemente, o cenário econômico está melhor do que imaginávamos”, avaliou o professor de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), Oscar Malvessi. Malvessi disse que a decisão surpreendeu positivamente, já que os analistas esperavam um corte de 0,25 ponto percentual na Selic.
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Segundo ele, o Copom não tomaria uma decisão dessa magnitude de qualquer maneira e isso mostra que o BC tem sob controle tanto os “juros futuros” como a inflação. O professor também avalia que o comitê percebeu que houve avanços na agenda de reformas estruturais, caso da Previdência, para chegar à decisão de cortar a taxa básica de juros.
Em comunicado, o Copom reiterou a necessidade de avanços nas reformas estruturais da economia brasileira para que os juros permaneçam em níveis baixos por longo tempo.
O Banco Central também indicou que novas reduções poderão ocorrer nos próximos meses. “O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo”, acrescentou o texto. A próxima reunião do Copom está marcada para 18 e 19 de setembro.
Poupança ainda supera fundos
Mesmo com corte da Selic, a poupança mantém sua vantagem em relação aos fundos de renda fixa na maioria dos casos, segundo cálculos da Anefac (Associação dos Executivos de Finanças).
A caderneta supera fundos com taxa de administração de 1,5% com prazo de resgate de até um ano. Com taxas a partir de 2%, os fundos perdem para a poupança em qualquer prazo de resgate.
Os fundos de investimentos só têm rendimento superior ao da poupança quando suas taxas de administração são de até 1% ao ano para prazos superiores a seis meses, ou quando o prazo de resgate é superior a dois anos com uma taxa anual de até 1,5%.
Segundo a Anefac, as aplicações em CDB são mais vantajosas que a poupança apenas com rendimento acima de 85% do CDI.