Doria fez a declaração ao comentar a transferência do principal líder da facção criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como «Marcola», para presídio federal. Além de Marcola, o governo de São Paulo transferiu, em fevereiro deste ano, outros 21 membros da cúpula do PCC para prisões federais em Mossoró, Brasília e Porto Velho.
O tucano observou que Marcola estava em um presídio estadual porque havia «medo» de colocá-lo para fora do Estado. «Eu não fui educado para ter medo. Eu fui eleito para cumprir com a minha obrigação. Quem tem medo não vem para a política, fica onde está», acrescentou.
O governador ressaltou que a operação foi realizada sob extremo sigilo, o que garantiu o sucesso da transferência. A ação foi colocada em prática após a descoberta de um plano de resgate de Marcola e de outros integrantes da facção do presídio de Presidente Venceslau, onde o líder encontrava-se preso.
Segundo a inteligência policial, a facção teria investido dezenas de milhões de dólares nesse plano de resgate – inclusive com a compra de veículos blindados, aeronaves e armamentos.
O plano incluía o bloqueio de rodovias e o ataque à penitenciária de Presidente Venceslau e também ao Batalhão da Polícia Militar, além do corte de energia e comunicações nas unidades policiais do entorno. Após o resgate, os criminosos seriam levados para um aeroporto no norte do Paraná, de onde partiriam em outra aeronave para o Paraguai ou para a Bolívia.
O PCC movimenta quase US$ 800 milhões por ano no Brasil e tem cerca de 30 mil membros. É a maior organização criminosa da América do Sul. Com ligações com a máfia da Calábria (sul da Itália), passou a dominar o envio de cocaína da Bolívia para a Europa por meio de portos no Nordeste, Sudeste e Sul do País.
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