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Prefeito de Milão é condenado a prisão por falsidade ideológica

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, foi condenado nesta sexta-feira (5) a seis meses de prisão por falsidade ideológica, crime cometido quando o político era comissário extraordinário da Expo Milão, a feira mundial que ocorreu na Itália em 2015.

A sentença, porém, foi convertida em uma pena pecuniária de 45 mil euros. O caso foi julgado em primeira instância pela 10ª Seção do Tribunal de Milão, presidida pelo juiz Paolo Guidi, e se refere ao fato de Sala ter assinado um documento em 31 de maio de 2012, mas colocando a data de 17 de maio, para substituir dois comissários da Expo, violando também a ordem dos procedimentos tomados. A Promotoria tinha pedido uma condenação de um ano e um mês. Mas o Tribunal, aceitando atenuantes gerais de Sala, como o fato dele ter agido por «motivos de particular valor social», impôs uma pena menor.

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Agora, caberá a Sala decidir se recorre da decisão, considerando que o processo pode prescrever em novembro de 2019. «Uma sentença do gênero, após sete anos, afastará muita gente de bem da política», criticou o prefeito, que prometeu que permanecerá no seu posto.

«Essa sentença não produzirá efeitos sobre minha capacidade de ser prefeito de Milão», garantiu o político, do Partido Democrático (PD). A condenação de Sala, de fato, não entra na chamada Lei Severino, no qual os políticos na Itália perdem seu mandato e ficam inelegíveis. Para isso, é preciso uma condenação em primeira e segunda instância, superior a dois anos de pena. O ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, apesar de pertencer ao opositor partido Liga Norte, defendeu Sala. «Não estou habituado a festejar a condenação dos outros.

Quero ler os autos. Como milanês, tenho orgulho de como a Expo foi gerenciada. Se houve um erro, verifiquemos que tipo de erro se trata. Mas, enquanto a esquerda sempre festeja as sentenças contra qualquer um, eu, como milanês, não comemoro se meu prefeito é condenado», disse.

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