O presidente Jair Bolsonaro (PSL) completou no domingo (30) o seu primeiro semestre à frente do Palácio do Planalto. O Metro Jornal selecionou seis temas que movimentaram o governo neste início de gestão, da articulação política aos assuntos ligados ao meio ambiente. Confira:
Articulação política
Eleito com o discurso de crítica ao que chama de “velha política”, Bolsonaro tem privilegiado a negociação com as bancadas, e não com os partidos. A estratégia não tem agradado nem os governistas, que dizem que o Planalto ainda não conseguiu formar uma base no Congresso. O presidente também ensaiou, em maio, um pacto com o Legislativo e o Judiciário, mas o acordo vive sendo ameaçado por trocas de farpas dos Poderes entre si.
Ministérios
O presidente conseguiu aprovar no Congresso em maio medida provisória que reduziu o número de ministérios de 29 para 22. O grupo é formado por militares e civis e já sofreu 4 baixas. As políticas de algumas pastas, como Educação e Meio Ambiente e Ciências, foram alvos de críticas conjuntas de ministros que trabalharam em outros governos.
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Economia
A principal aposta do governo para a recuperação da economia é a reforma da Previdência, enviada em fevereiro ao Congresso. Apesar de atritos com parlamentares, a proposta está avançando na Câmara. A expectativa é que a votação no plenário ocorra antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 julho. Bolsonaro também conseguiu aprovação de um crédito extra emergencial de R$ 248,9 bilhões. Outro destaque foi a assinatura, em abril, da “medida provisória da Liberdade Econômica”, que dá garantias ao livre mercado.
Comércio exterior
Na cena externa, Bolsonaro saiu de encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, em março, com o apoio para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Na última sexta-feira, ele também comemorou o fechamento do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, que era negociado havia 20 anos.
Decreto das armas
Promessa de campanha de Bolsonaro, a flexibilização das regras para a posse e o porte de armas vinha sendo determinada por meio de decretos. A estratégia mudou em 18 de junho, quando o Senado derrubou um deles. Antes de perder também na Câmara, o governo retirou os textos, editou novos decretos e propôs outras mudanças por meio de um projeto de lei, com abertura para discussão pelos parlamentares. O governo defende a medida para defesa pessoal do cidadão. Os críticos dizem que haverá aumento da violência.
Meio ambiente
O ministro Ricardo Salles assumiu prometendo rever contratos com ONGs e foi acusado de fragilizar os órgãos de fiscalização, como o Ibama. No exterior, o governo tem sido cobrado para melhorar a política ambiental e tornar mais eficiente a gestão do fundo internacional para preservação da Amazônia.