No domingo, manifestações estouraram em capitais brasileiras em defesa da Operação Lava-Jato e do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Dentre os presentes, em maioria apoiadores do governo de Jair Bolsonaro, estavam mãe e filha que tiveram problemas ao ir embora do protesto via transporte por aplicativo.
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) repercutiu, em sua conta oficial do Twitter, o relato de uma manifestante que teve sua corrida negada por um motorista do aplicativo Uber. Por mensagem, o prestador de serviço escreveu: «Não levo Bolsominion, abraço», antes de cancelar a solicitação.
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Bolsonaro republicou o print, veiculado pela própria passageira em um grupo de militantes no Facebook, incluindo mesmo o nome do motorista e a placa do veículo. Na publicação, o filho do presidente da República pede à Uber Brasil «providências» sobre o caso.
«Diante do exposto solicito a @Uber_Brasil que tome providências pois um motorista com esta postura pode oferecer riscos à empresa e aos usuários da mesma», escreve. «Acabo de receber esta denúncia e gostaria, se possível de algum retorno caso seja interesse da credibilidade da Uber.»
O vereador continuou a comentar o ocorrido no tuíte seguinte: «Cada vez que leio comentários tenho mais certeza que esse país não chegou ao fundo do poço por acaso. Você solicita um atendimento decente e riem da sua cara! Eu juro que não fico irritado! É definitivamente uma nuvem de bananas comendo o macaco! Isso aqui é surreal!»
A repercussão sobre o tuíte de Carlos dividiu-se entre repúdio à atitude do motorista – comparando-a com uma negação de serviço a pessoas LGBT ou minorias étnicas –, e críticas ao vereador por expor o nome e placa automotiva no tuíte.