Desde 10 de junho, uma campanha emergencial de vacinação contra o sarampo voltada a jovens entre 15 e 29 anos está sendo promovida na cidade. São esperados 2,9 milhões de pessoas, mas, até o dia 19, apenas 12.265 foram se vacinar. Isso mesmo. Só 0,42%.
Para estimular e aumentar a adesão, neste sábado (29) as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) vão abrir, no dia D da campanha, para aplicar as doses. A cidade tem 32 casos de sarampo no ano, 8 importados e os demais ainda sob investigação de onde foram contraídos.
Mas, de qualquer forma, o vírus está circulando na cidade, como alerta Rosa Maria Nakazaki, diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Covisa. “É muito importante que essa população se vacine para interromper a transmissão do vírus”, afirmou.
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“Quando uma pessoa tem sarampo, ela pode contaminar até 12 pessoas”, alerta o infectologista Marcos Antônio Cyrillo, do Hospital Igesp. “O ideal é termos uma cobertura vacinal de 95%. Quando ela cai para 90% ou 85%, até triplica a possibilidade de haver sarampo na sua comunidade.”
O médico alerta que, antes que apareçam os sintomas mais fortes, como conjuntivites ou manchas pelo corpo, a pessoa já está transmitindo a doença. No início, ela se parece com uma gripe, mas febre por mais dias e conjuntivite podem indicar ser o sarampo e é necessário buscar atendimento.
Além de altamente contagioso, o médico afirma que o sarampo pode se tornar potencialmente grave, pois pode evoluir para doença mais grave, como pneumonia, infecção de garganta, otite, complicação no fígado, no baço, doenças neurológicas e até causar morte.
A campanha
- Público-alvo:
2,9 milhões de pessoas de 15 a 29 anos que não tenham tomado a segunda dose da vacina de sarampo - Onde:
Nas UBSs da capital; No sábado (29), dia D da campanha, elas estarão abertas para o público-alvo tomar a dose - Restrições:
Gestantes e imunodeprimidos, que são pessoas com baixa imunidade, transplantados ou em tratamento de câncer, devem avaliar com seus médicos se podem tomar a dose - A doença:
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, potencialmente grave, transmitida pela fala, tosse e espirro. Ela não tem tratamento e pode causar infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas, levando até a morte
Surto mundial
A OMS (Organização Mundial de Saúde) informa que até o final de março de 2019, 170 países haviam notificado 112.163 casos de sarampo –ante 28.124 no mesmo período do ano passado.
Os EUA tiveram 1.077 casos até o dia 20 de junho, o maior total desde 1994.