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Apoiadores da Lava Jato pedem deportação de editor do site que publicou conversas entre Moro e Dallagnol

Na tarde desta segunda-feira (10), chegou à lista dos tópicos mais comentados no Twitter a hashtag #DeportaGreenwald. Através dela, apoiadores da Operação Lava Jato e seus personagens, como o ex-juiz Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, pedem a deportação do jornalista e advogado Glenn Greenwald.

Norte-americano, vencedor de um prêmio Pulitzer e casado com o deputado David Miranda (PSOL), Greenwald é um dos nomes por trás da série de matérias do The Intercept, que expõem mensagens entre juristas e procuradores relacionados à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Ele é um dos três fundadores do veículo, criado em 2013 nos Estados Unidos.

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Nos tuítes, Greenwald e a equipe do The Intercept, bem como o deputado David Miranda, são acusados de diversas atividades ilícitas. A invasão de celulares que teria originado as matérias publicadas no domingo (09) é apenas um deles. Além destes, outros posts trazem imagens do jornalista ao lado de figuras do Partido dos Trabalhadores, como Dilma Rousseff e também Lula, entrevistado neste ano para o site.

https://twitter.com/gisapatriaamada/status/1138144444916670465

«Será que isso não caberia um processo de deportação do Gleen [sic] por espionagem????? Afinal ele teve acesso por meios ilícitos», escreve um dos usuários da hashtag. Outro aponta, nas publicações de Greenwald, intenção em prejudicar o governo do presidente Jair Bolsonaro: «Se um brasileiro que mora nos EUA monta um site de notícias contra, CONTRA o governo e passa notícias que não se sustentam, certeza que no dia seguinte estaria dando explicações para tal afirmações [sic], e caso não convencesse já estaria sendo convidado a voltar ao seu país.»

Na publicação da série de reportagens apelidadas como «Vaza Jato», editores do The Intercept afirmam ter recebido o material, que continha chats, vídeos, textos, prints e outros documentos, por uma fonte que solicitou permanecer anônima. O site também afirma não ter conhecimento de como foi obtido o conteúdo.

Após três textos iniciais, editores do The Intercept Brasil antecipam que outras matérias sobre o «Vaza Jato» estão por vir, ainda sem data especificada.

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