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Dallagnol se defende após ter conversas vazadas e fala em teoria da conspiração

Reprodução/YouTube

O jurista e procurador da República, Deltan Dallagnol, publicou vídeo no Youtube e compartilhou nas redes sociais sua defesa, pessoal e em nome da Operação Lava Jato, após vazamento de conversas suas com o ministro da Justiça, então juiz federal Sergio Moro.

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No domingo (9), o site The Intercept Brasil publicou uma reportagem em três partes que trazia trechos de conversas entre grupos de juristas e procuradores relacionados à força-tarefa da Lava Jato. Após a publicação, a imparcialidade de Moro enquanto juiz e supostas motivações políticas da Operação foram postas em cheque.

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No vídeo, o procurador enumera cinco pontos em sua defesa. Ele afirma que a conversa de profissionais do Ministério Público e procuradores com juízes é «natural», e não significam «conluio ou quebra de imparcialidade».

Ele também defendeu a força das provas da procuradoria contra o ex-presidente Lula, condenado no caso triplex. Nas conversas divulgadas, Deltan confessava incerteza sobre as evidências para acusar o petista. No vídeo, ele afirma que tais provas eram «robustas» e referendadas por nove julgadores, em três instâncias da Justiça.

Em seguida, o jurista fala sobre a reação demonstrada por ele e seus colegas diante de uma possível entrevista de Lula à imprensa antes do primeiro turno das eleições, em 2018. Ele volta a defender que «prisão em regime fechado restringe o direito de se comunicar com a imprensa», e chama de «teoria da conspiração» acusações de motivação político-partidárias nas decisões da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Dallagnol também demonstra preocupação sobre a forma de obtenção das conversas, alegando que a força-tarefa foi vítima de invasões por hackers. No entanto, ele reconhece que as conversas «podem gerar um desconforto em alguém», apesar de reiterar que «não reconhece a fidedignidade dessas mensagens».

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