A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Suzana Guerra, disse nesta sexta-feira, 7, que a redução do questionário do censo, objeto de polêmica nos últimos dias, «não tem volta, é página virada».
Para ela, a decisão de alguns funcionários entregarem seus cargos diante da decisão de reduzir o número de perguntas do censo em cerca de 25% é compreensível. «Em todo momento de mudança em uma grande organização há resistências, e essas resistências são compreensíveis. Eles estão no direito deles, de quererem sair, e eu respeito isso e agradeço a eles pelo trabalho de excelência que eles têm feito», afirmou Guerra na porta do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro, onde espera por uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ele afirmou que o IBGE tem quadros de excelência e não será difícil substituir os profissionais que deixaram os cargos nos últimos dias.
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A executiva disse que fez questão de falar com os repórteres que todas as sextas-feiras fazem plantão no local, depois que viu, nas redes sociais, especulações sobre sua saída do IBGE.
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Desde quinta-feira, cinco funcionários do IBGE entregaram cargos de chefia mas permanecem como empregados do órgão, alegando insatisfação com os cortes e com a administração de Guerra.
«Queria dizer que estou numa agenda positiva, falando com o ministro coisas e
questões que ele nem sabe ainda», disse Guerra, citando propostas de tecnologias novas, acordos novos feitos com o Banco Mundial e o BID e sobre registros administrativos.
Ela repetiu também que os cortes feitos no censo brasileiro nada tem a ver com a restrição orçamentária do governo, e que mesmo sem a redução do orçamento faria os cortes. «É uma questão de qualidade da informação, e mesmo sem restrição orçamentária nós estaríamos fazendo esse corte. É uma opinião que foi decidida por consenso pelo conselho diretor do IBGE», explicou a executiva.
Segundo ela, mesmo com os cortes o questionário brasileiro ainda é 80% maior do que os questionários de censos aplicados no mundo «Ganhamos celeridade e agilidade ajustando a proposta», afirmou «Agora a agenda é positiva. O que a gente quer é buscar fontes alternativas de recursos para que a gente consiga modernizar o instituto e nossas pesquisas cada vez mais. Um censo mais forte é um Instituto mais forte», concluiu.