A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou na última terça-feira o projeto de lei do governador João Doria (PSDB) que permite conceder à iniciativa privada o Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, o ginásio do Ibirapuera. O edital deve ser lançado até outubro.
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A principal mudança proposta é a duplicação da capacidade do ginásio dos atuais 10 mil para 20 mil pessoas. Segundo o secretário estadual de Esportes de São Paulo, Aildo Rodrigues Ferreira, “a atual estrutura não atende aos padrões mínimos internacionais. As arenas devem ter espaço adaptado e agilidade para receber eventos esportivos, shows e grandes espetáculos”.
O lance mínimo será de R$ 220 milhões. O vencedor poderá explorar o espaço por 35 anos, tornando-se responsável por toda a gestão e manutenção do complexo. Poderão ser realizados eventos esportivos e culturais e a exploração de serviços associados, como bares, restaurantes e lojas.
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“Ali será implantado um complexo de esporte, de lazer e de entretenimento no espaço de uma área antiga, ultrapassada”, disse Doria.
O vencedor terá ainda que ampliar as vias de acesso, instalar equipamentos de segurança e criar um estacionamento subterrâneo para 3,5 mil vagas.
Segundo o secretário, as obras do ginásio devem ser concluídas em até três anos, e as do restante do complexo, em até cinco. O projeto deve seguir agora para sanção de Doria, para ser iniciado o processo licitatório.
Usufruto público
Segundo Valter Caldana, professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Mackenzie, a concessão melhora o serviço, mas pode limitar o uso pela população.
“Quando a concessão é um sucesso, oferece um serviço melhor”, afirma. “É importante que tenha um espírito público, com programações gratuitas ou preços acessíveis. Se não for feita com critérios muito bem definidos, você melhora o serviço, mas limita a abrangência dos usuários.”