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Papa pede ‘perdão’ a ciganos discriminados pela Igreja

O papa Francisco encerrou neste domingo (2) sua primeira viagem a Romênia pedindo «perdão» às comunidades ciganas durante encontro em Barbu Lautaru, no distrito de Blaj, Transilvânia. «Em nome da Igreja, peço perdão ao Senhor e a vocês, por todas as vezes em que, ao longo da história, nós os discriminamos, maltratamos ou os olhamos mal», declarou o Pontífice, alegando ter um «peso» no coração.

«Trago o peso das discriminações, segregações e maus-tratos sofridos pelas comunidades. A história nos diz que os próprios cristãos, os próprios católicos não são alheios a tanto mal. Quero pedir perdão por isso», acrescentou.

Diante de milhares de pessoas, sendo a maioria ciganos, Francisco defendeu a integração dessa comunidade na sociedade e elogiou valores próprios da cultura cigana, como «o valor da vida e da família, a solidariedade, a hospitalidade, a ajuda, o apoio e a defesa dos mais fracos, o respeito aos idosos, a religiosidade e a alegria de viver».

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O Papa ainda advertiu para a indiferença que «alimenta preconceitos e fomenta rancores». «Não nos deixemos arrastar pelos ressentimentos que incubamos dentro de nós. Não devemos dar qualquer espaço ao rancor, porque nenhum mal resolve outro mal, nenhuma vingança satisfaz uma injustiça, nenhum ressentimento faz bem ao coração, nenhum fechamento aproxima».

No último dia de sua viagem, o líder da Igreja Católica também elogiou a Romênia, «país lindo e acolhedor». Após o encontro, Francisco embarcou em um voo da companhia Tarom para Roma, onde aterrissou por volta das 18h10 (horário local) no aeroporto de Ciampino.

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