Foco

Mesmo com queda, dólar fecha semana acima dos R$ 4

Pixabay

O real foi a moeda de país emergente que mais se fortaleceu nesta sexta-feira, 24, ante o dólar, pondo fim a dias conturbados no mercado de câmbio brasileiro. A sessão foi marcada por enfraquecimento geral da moeda norte-americana no exterior, tanto ante divisas de emergentes como de países desenvolvidos, com a expectativa de que avancem as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

ANÚNCIO

Na semana, o dólar acumulou queda de 2,07%, o maior recuo em cinco dias desde o final de janeiro. Operadores destacam que o ambiente político mais ameno e o mercado externo mais calmo contribuíram para a queda do risco Brasil e o fortalecimento do real.

O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa de 0,80%, a R$ 4,0152, a menor cotação em 10 dias. Apesar do dia mais calmo nesta sexta-feira, profissionais de câmbio destacam que o patamar de R$ 4,00 se transformou em um nível de resistência para a baixa do dólar.

Recomendados

A moeda só cairia de forma consistente abaixo deste nível se houver notícias positivas concretas sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Caso isso ocorra, pode testar o intervalo de R$ 3,90/3,95.

Veja também:
Apartamento no Chile onde família morreu não passava por vistoria há 15 anos
Previsão do Tempo: paulistanos vão encarar mínima de 9º neste sábado

Os estrategistas em Nova York do banco americano Citi acreditam que já há uma boa quantidade de más notícias incorporadas no câmbio. Mas a expectativa ainda é de volatilidade alta na moeda americana no mercado doméstico durante a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial. Eles acreditam que o texto seja aprovado em junho na comissão e até o final do ano receba o aval final do Congresso.

O gestor da Gauss Capital Carlos Menezes destaca que o aumento dos ruídos políticos em Brasília a partir de meados do mês levou muitos fundos e investidores estrangeiros a aumentarem a busca por proteção no dólar e em posições defensivas no mercado futuro

Nos últimos dias, o clima mais ameno em Brasília e o avanço de algumas medidas, como aprovação da Medida Provisória (MP) 870, que reorganiza os ministérios, provocaram o desmonte destas posições por fundos e estrangeiros.

Para Menezes, o foco mais imediato do mercado vai ser a manifestação pró-governo prevista para domingo, 26. A dúvida é qual será a adesão da população ao evento. Isso vai ser crucial para avaliar as consequências do movimento.

Outro ponto de atenção vai ser a participação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e eventuais postagens na rede social da família.

Tags

Últimas Notícias