Usada frequentemente como exemplo por armamentistas, a Suíça aprovou neste domingo (19), por meio de referendo, novas restrições à posse de armas, colocando o país em sintonia com a legislação vigente na União Europeia.
As medidas, que miram sobretudo nas armas semiautomáticas, haviam sido aprovadas pelo governo, mas grupos armamentistas e escolas de tiro conseguiram coletar assinaturas para convocar uma consulta popular sobre o tema.
O resultado, no entanto, confirmou as restrições com um placar de 63,7% a 36,3%. A afluência às urnas foi de 43,3%, e o cantão do Ticino, no sul da Suíça, foi o único onde o «não» prevaleceu.
Recomendados
Lotofácil 3083: resultado do sorteio desta sexta-feira (19)
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
As novas regras exigem que os componentes essenciais das armas sejam registrados com números de série para ajudar no seu rastreamento e obriga comerciantes do setor a notificarem as autoridades sobre todas as compras e vendas realizadas em suas lojas.
A posse de semiautomáticas continua legalizada, mas apenas mediante autorizações excepcionais para praticantes de tiro esportivo. Os detentores desse tipo de armamento terão de comprovar periodicamente que usam o equipamento para a prática esportiva.
Além disso, usuários terão até três anos para registrar armas semiautomáticas que não estejam cadastradas atualmente. A Suíça tem um longo histórico de facilidade no acesso a armamentos, e veteranos do serviço militar podem levar para casa as armas usadas em seu período de alistamento.
O governo, no entanto, alegou que as restrições eram necessárias para fortalecer políticas de cooperação com a União Europeia, que dificultou o acesso a armas após diversos atentados terroristas em países do bloco – a Suíça não faz parte da UE, mas integra a área de livre circulação do Espaço Schengen.
Já os opositores da medida defendem que ela não terá efeito para combater atentados e ainda pode prejudicar comerciantes de armas que atuam dentro da lei. Além disso, alegam que as restrições comprometerão a «liberdade» no país alpino.