A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que afirma ter sido ameaçada de morte pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, prestou nesta segunda-feira, 13, depoimento à Polícia Federal em Belo Horizonte no inquérito que apura supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas nas eleições 2018. «Confirmei a forma como eu cheguei até o esquema, e da minha convicção de que ele tenha sido orquestrado pelo ministro», disse ela, ao deixar a sede da PF.
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Na segunda-feira, Álvaro, que presidiu o PSL no Estado até o fim do ano passado, afirmou que não tem motivos para deixar a pasta e que o presidente Jair Bolsonaro é um «homem bom, justo, e não vai fazer nenhum tipo de prejulgamento». O ministro participou de audiência na Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa de Minas.
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Alê disse ter identificado irregularidades analisando contas das quatro candidatas derrotadas que fizeram inicialmente a denúncia «Vi que tinham recebido valores expressivos do fundo de campanha, e que esse dinheiro teria sido repassado para empresas de propriedade de assessores de Marcelo Álvaro.»
Segundo a parlamentar, após as denúncias, o ministro passou a oferecer cargos para aliados que teriam envolvimento no esquema. «Marcelo Álvaro trouxe todo mundo para perto de si e tenta, com isso, se blindar.»
O ministro negou participação no esquema, que consistia em usar recursos de fundo público destinado a candidaturas de mulheres para outros fins, e afirmou que não entraria «no mérito» ao ser questionado se arranjou cargos públicos para investigados no caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.