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Preso por ordem de Erdogan é solto em São Paulo

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou soltar o turco-brasileiro Ali Sipahi, preso preventivamente no último dia 6 de abril, em São Paulo, a pedido do governo turco, que o acusa de terrorismo e pediu sua extradição. Segundo Fachin, Sipahi aguardará decisão em liberdade porque ele é casado, tem um filho brasileiro, negócios no país, endereço conhecido e não há antecedentes que o desabonem.

Ali, 31 anos, que vive no Brasil há 12, não é o único turco morando fora do país que está sendo acusado de terrorismo pelo governo de Ancara. Desde julho de 2016, quando um golpe contra o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi frustrado, milhares de pessoas dentro e fora do país estão sendo perseguidas por participar do levante. Para o governo, elas fazem parte do Hizmet, movimento criado pelo clérigo Fethullah Gülen e considerado terrorista por Erdogan. Gülen hoje vive nos EUA.

Com refugiados espalhados pelo mundo, o estado turco já expediu pedidos de extradição a mais de 100 países, que, com exceções, geralmente não os atendem, pois o Hizmet não é entendido como uma organização terrorista pela ONU ou qualquer outro país além da Turquia.

Fachin determinou que Ali seja monitorado com tornozeleira eletrônica e que se recolha no período noturno em casa. 

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